Mercedes:
Pelo andamento da coisa, o dicionário pode começar a ficar
curto para arranjar adjectivos para a Mercedes e para Hamilton, mesmo depois de ter tido uma sexta feira complicada com problemas no Set Up. Mais uma
corrida perfeita do britânico, que largou bem e voou para longe da confusão nas
primeiras voltas. O à vontade foi tal que na antes da primeira paragem, enquanto
outros já pediam pneus novos, Hamilton dizia surpreendido que os pneumáticos estavam
a aguentar perfeitamente. Hamilton foi mais uma vez o melhor. Já Rosberg ainda
apanhou um susto no inicio da corrida, mas conseguiu recuperar para o 2º lugar.
Nota-se algum descontentamento do alemão por não ser ele o centro das atenções.
A verdade é que ainda não falhou um pódio este ano e nunca fez abaixo de 2º.
Mas a categoria de Hamilton está a atrair mais atenções o que deve ferir o ego do germânico. Uma luta que promete.
Foi a 25ª vitoria de Hamilton e o 100 GP nos pontos para a Mercedes.
Ferrari:
Depois de uma semana complicada com a saída de o chefe de há
muitos anos, poucos esperariam que a Scuderia voltasse já ao pódio. Mas quem tem
Alonso arrisca-se a isto. As melhorias no carro trazidas para Sepang resultaram
e o espanhol, com um arranque fantástico, colocou-se numa posição perfeita para o
pódio. Vencer era quase impossível e aguentar o 2º seria complicado. Mas o 3º
estava ali à mão e o espanhol não o deixou fugir. Alonso pode ter muitos
defeitos, mas num carro é impressionante e merece mais que este Ferrari. Já Kimi…
É difícil para ele e para os fãs.Não rodou quase nada na sexta, com problemas na suspensão, o que o prejudicou na procura da melhor afinação. Um piloto com esta qualidade, não estar a
lutar pelo pódio é criminoso. Mas culpa por culpa da Ferrari e por culpa dele (o que não deve ser esquecido), ainda não se viu o Iceman. Vê-se uma caricatura
que em nada espelha a qualidade do finlandês. Mas só depende dele melhorar. Não se pense que esta melhoria se deve à entrada de Mattiacci. O homem ainda não teve tempo de aquecer a cadeira. Mas se com ele veio a sorte, é um reforço que não deve ser menosprezado.
Red Bull:
De uma coisa não nos podemos queixar. Estes Bull´s dão
sempre tema de conversa. Ou são ordens de equipa ou são fluxos de combustível...
Hoje foi mais uma vez ordens de equipa. E mais uma vez Vettel não gostou do que
ouviu. Pedirem –lhe para deixar passar Ricciardo, pela 2ª vez consecutiva, deve
doer no ego do campeão do mundo. A primeira reacção foi sintomática: “é mais
rápido? Azar.” Mas ponderou melhor e colocou os interesses da equipa em
primeiro. Estava habituado a conduzir carros com mais apoio aerodinâmico. E até
agora, não se conseguiu adaptar a este novo carro "mais solto". Já Ricciardo está numa forma notável. O
australiano colocou num canto o protegido Vettel. É um feito que merece
destaque. Está excelente e prova que tem qualidade. Se vai ter capacidade de se
impor na Red Bull. Só com o tempo e mantendo este nível.
Force India:
Outro senhor que merece muito mais protagonismo do que tem é Nico Hulkenberg. O alemão não pára de pontuar este ano, é 4º no campeonato atrás
de Rosberg, Hamilton e Alonso. 2 vezes 5º e 2 vezes 6º. Regularidade, qualidade
e inteligência. Características que claramente exigem outros voos ( Será que a
McLaren vai arriscar o alemão ?). Já Perez voltou a ficar longe da exibição do
Barhain e daquelas que nos fizeram começar a gostar do mexicano. Tem de aliar o
talento à regularidade. Só assim poderá ser grande. Começa a ficar demasiadas
vezes arredado das decisões. Para quando Hulkenberg no pódio? É a nossa única questão. Destacar por
fim a excelente campanha até agora da Force India.A pista não os favorecia, Hulkenberg sofreu com subviragem, mas mesmo assim foram os melhores com motores Mercedes ( exceptuando obviamente os Silver Arrows), sendo 3ª no campeonato de
construtores. Que seja um passo definitivo em frente. A F1 precisa.
Williams:
Massa entrou com tudo na corrida. Um inicio de faca nos
dentes, com vontade de afastar as más vibrações, o que ia correndo muito mal. O
choque com Alonso não deu em acidente por muito pouco. Mas a sorte do
brasileiro esgotou-se aí. A ida às boxes arruinou por completo a corrida de
Massa. Uma paragem mal preparada pelos mecânicos e o azar do parafuso dar
problemas, custou ao brasileiro um possível top 5 no final da corrida. Massa
está com a atitude certa. Aguerrido, motivado, mas sem a ponta de sorte necessária
quando é preciso. E para além disso esperava-se que o papel de líder de equipa
fosse dele mas Felipe aparece em 11º, enquanto que Bottas está em 7º. O finlandês
não é exuberante e tem feito da regularidade o seu ponto forte, o que está a pressionar o brasileiro. Mas fica a
sensação que a Williams podia já ter mais pontos. Os pilotos falharam, a equipa falhou
, os mecânicos falharam. Este ano já ninguém está isento de culpas. Mas é assim
que se formam equipas para o futuro. Ainda veremos os Martini Racing no pódio. Não é todos os dias que se tem os dois carros envolvidos em toques na primeira volta e a sorte há de voltar.
Toro Rosso:
Kvyat só ainda não pontuou numa corrida este ano, ao contrário
do seu colega de equipa que só pontuou numa. O russo tem estado bem, há que
admiti-lo e realmente o rapaz mostra potencial. Agora Vergne começa a ser um
caso perdido. Não dá para entender um piloto que se mostra quando a pista está
muito difícil e quando as coisas ficam mais fáceis se eclipsa. Não se pode
dizer que o francês não tem qualidade, mas falta-lhe competitividade. Se
continuar assim achamos que deve dar o lugar a outro. Há boatos que Sainz Jr. pode estar na calha para substituir Vergne. Veremos, mas o nome Sainz tem muito peso, infelizmente.
McLaren:
Uma corrida de ficar de queixo caído e não pelos bons
motivos. Os McLaren hoje pareciam carros que lutam pelo pontinho e nem para
isso têm andamento. A falta de apoio aerodinâmico é gritante e entende-se
porque Ron Dennis anda a fazer um "forcing" para trazer o actual chefe do
departamento da Red Bull. Foi uma corrida miserável e que veio deitar por terra
todo o optimismo da equipa e dos pilotos. Button e Magnussen eram o rosto da
desilusão. É preciso fazer mais e rapidamente.
Lotus:
Grosjean prometeu muito na qualificação, mas foi impedido de
mostrar serviço em corrida, com problemas na caixa. O francês parece querer mostrar que, mesmo perante
as adversidades, tem qualidade para subir mais. Acreditamos no valor de Grosjean. Já
Maldonado entrou em modo de segurança. Depois de ter espalhado o pânico por
várias vezes, achou melhor minimizar os estragos. Não atacou mas também não fez
asneira.
Sauber:
Mais uma vez longe, muito longe dos pontos. Sutil anda a coleccionar
desistências ( hoje perdeu um cilindro logo nas primeiras voltas) e Gutierrez pouco ou nada pôde fazer, com um carro sem velocidade e
sem apoio aerodinâmico. Para uma equipa que anda com problemas financeiros, estes resultados pioram ainda mais a situação. Esperemos que encontrem soluções
em breve, senão a coisa pode começar a ficar complicada.
Marussia / Caterham:
Kobayashi ficou em 1º “dos últimos”,
ficando na frente de Bianchi, passando o francês na ultima volta com uma excelente manobra. Se Bianchi continuar a melhorar e fizer aquilo que nos habituou no passado, poderá ter um
duelo interessante com o japonês, de onde poderá aprender muito. Chilton não fez nada de mais e Ericson fechou
o baile. A luta entre Caterham e Marussia está agora a pender para os lados dos
russos, mas Kobayashi vai ainda equilibrar as coisas para a Caterham. Veremos com decorrem os próximos confrontos.
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