Ogier:
Época de sonho do francês, no seu regresso ao mundial
de WRC, pela mão da Volkswagen. Venceu e convenceu, dominando toda a temporada
a seu belo prazer, perdendo apenas para Loeb dois rally´s, mas sem
consequências na classificação do mundial, pois o seu compatriota não era do
“seu campeonato”. Os que não ganhou apenas se deveu a erros seus, pois quando o
francês não tem azares neste momento é imbatível. Será o início de uma nova
dinastia? A verdade é que poucos o poderão bater.
Neuville:
Sem dúvida das grandes revelações da temporada.
Partindo para este seu primeiro ano na M- Sport, o jovem piloto belga era
apontado como o 3º piloto da Ford, fazendo parte da equipa júnior da mesma. A
verdade é que não tardou a demonstrar ser o melhor piloto da marca “oval”. Neuville,
provou ainda ser dos poucos, se não o único a ter rapidez e qualidade para
poder vencer num futuro próximo Sebastien Ogier. Detentor de uma condução
espectacular, Neuville era conhecido pela sua rapidez em rally´s de asfalto,
mas esta temporada mostrou grande versatilidade, e passou a ser competitivo em
praticamente todos os tipos de pisos. O vice-campeonato valeu-lhe um contrato
de 3 anos com a Hyundai, que na próxima temporada regressa ao WRC, com um
projecto que promete ser ambicioso. Faltou apenas uma vitória para a temporada
ser perfeita. Piloto com grande futuro.
Latvala:
O piloto finlandês, conhecido pela condução
espectacular que implementa em todas as provas, que algumas vezes já lhe deram
alguns dissabores, foi igual a si próprio. Depois de vários anos na Ford, Jari,
arriscou na ida para a Volkswagen, fazendo dupla com o Ogier. Com um início de
época complicado, marcado pela clara falta de à-vontade ao volante do Polo R
WRC, Latvala ao longo da temporada foi melhorando as suas prestações, culminado
com uma vitória no Rally da Grécia. Numa época de clara ambientação à sua nova
“montada”, o Finlandês consegue o 3º lugar no mundial, uma vitória, algumas
boas exibições e inevitavelmente alguma chapa amolgada, pois a sua irregularidade
não o deixou fazer melhor. Quem sabe na próxima temporada o grande adversário
de Ogier “durma na porta ao lado”.
Hirvonen:
Esta seria a época que Yves Matton, patrão da
Citroen, tinha idealizado como a época em que M. Hirvonen seria campeão,
sucedendo de forma logica a Loeb. Mas essa “lógica” não passou de mera ilusão.
O piloto finlandês, que muitas vezes se bateu de igual para igual com Loeb,
inclusive perdeu um campeonato por apenas um ponto, teve uma época para
esquecer. Ou para recordar e não mais repetir. Sem confiança, sem ritmo, sem
mínimo de competitividade, o piloto da Citroen foi “banal” sendo facilmente batido
por toda a concorrência, e não teve uma pior classificação final no mundial,
por falta de regularidade dos pilotos de meio da tabela. Valeu que Mikko
Hirvonen bateu tanto como o que andou…pouco. Terá sido o adeus á Citroen?
Malcolm Wilson já pisca o olho a Mikko…
Sordo:
Estranha época de D. Sordo, que foi do inferno ao céu
e vice-versa várias vezes esta temporada. É certo e sabido que o piloto
espanhol é um verdadeiro especialista no asfalto, isso valeu-lhe a sua primeira
vitória da sua carreira no WRC. Mas quando se entra em outros “terrenos”, Sordo
é pouco mais que razoável. Um piloto vencedor tem de ser completo. As marcas
não podem viver só dos rally´s de asfalto ou de rally´s em gravilha. Muito
competitivo em asfalto, mas muito modesto em gravilha. Valeu a vitória na
Alemanha, numa época que provou não ter andamento para voos mais altos.
Ostberg:
Das grandes desilusões da temporada. Um piloto que
já o vimos fazer coisas incríveis, passou completamente ao lado de toda a
temporada. Nem no Rally da Suécia, onde teria mais facilidade, por razões
óbvias, o norueguês conseguiu “dar um ar da sua graça”. Sem andamento para os
homens mais rápidos, fez uma época modesta, sempre a meio da tabela. Terá
pesado o facto de competir numa equipa oficial, com responsabilidades, ao qual
Ostberg não soube responder. Terá dado um tiro no pé?
Novikov:
Mais um piloto da Ford que teve uma temporada muito
difícil. O piloto Russo que sempre havia corrido como privado, encarava esta
temporada como a da sua confirmação enquanto piloto rápido e competitivo como
sempre o tinha mostrado, muitas vezes exageradamente, pois raramente mantinha o
carro na estrada até final do rally. Esta temporada viu-se um Novikov
diferente, mais calmo, e mais racional. Mas a verdade é que as coisas não lhe
saíram bem. Continuou a bater, também com alguns azares a estragaram-lhe uma
temporada que poderia ter sido de confirmação, mas que assim passou a ser uma
época de desilusão. A sua juventude dar-lhe-á mais oportunidades de mostrar o
seu talento, (que é muito), faltando saber extrair esse potencial, numa relação
“rapidez – consistência”.
Loeb:
Foi a época de despedida do multicampeão do mundo
Sebastien Loeb. O piloto francês fez uma “época” curta nos rally´s, fazendo
apenas quatro aparições, onde ainda foi a tempo de vencer duas delas,
demonstrando que poderia perfeitamente ser de novo campão mundial. Teríamos uma
das melhores lutas dos últimos anos, mas o francês, preferiu mudar de “ares”.
Finaliza assim um “era” no mundo dos rally´s.
Prokop:
Este é um raro caso no WRC, pois é o único piloto
privado a correr no mundial. Martin Prokop é o único do “seu campeonato”, não
tendo capacidade para ombrear com os oficiais, falta-lhe concorrência do seu
nível para se perceber o que de facto vale o Checo. Não sendo um piloto rápido,
vale pela sua consistência. Os pontos que vai amealhando são prémios merecidos
pela sua coragem. Pena é que as contingências económicas mundiais, não permitam
que mais pilotos sigam o seu exemplo.
Mikkelsen:
O piloto “junior” da Volkswagen não teve uma
temporada fácil. Talvez Mikkelsen tenha posto a “nu” as fragilidades que o Polo
R WRC também tem, com toques e mais toques danificando muito a aerodinâmica do
seu carro em várias provas, afectando muito os seus desempenhos em muitas das
provas do mundial. Ainda assim o Norueguês demonstrou ter qualidade e rapidez,
tudo isto para ser trabalhado, pois a sua tenra idade dá-lhe muita margem de
evolução.
Kubica:
Época de sonho para o piloto polaco, que venceu o
mundial de WRC2, de forma categórica, demonstrando toda a sua versatilidade ao
volante de diferente tipos de automóveis. Apesar das suas evidentes dificuldades
no braço afectado à dois anos num acidente de rally, Kubica continua a ser um
piloto competitivo, e a prova disso foi este título mundial. Para isso o polaco
teve de amolgar muita chapa, e aprender com os erros. A última prova do
mundial, trouxe-lhe a sua primeira experiencia ao volante de um WRC, que não
correu nada bem, terminado duas vezes de “cabeça para baixo”, em dois dias.
Ainda assim é apontado como possível piloto da Citroen na próxima temporada.
Estará preparado?
Feita a analise dos pilotos que mais se destacaram este ano falta apenas ver a época pelo ponto de vista das equipas. Sigam no nosso blog todas as novidades.
Carlos Mota.
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