Temos batido constantemente na tecla de que a F1 está a
abusar em demasia dos pilotos pagos sem qualidade para andarem pela categoria
rainha do desporto motorizado. São vários os exemplos e não voltaremos a falar
deles hoje, porque hoje até temos motivos para ficar contentes.
André Lotterer foi anunciado como piloto da Caterham e será
piloto para o GP da Bélgica, substituindo Kobayashi. Os mais distraídos poderão
pensar “ pronto lá se lixou o japonês outra vez e aquele Ericsson que não vale nada
vai ficar”. Calma. A entrada de Lotterer é um balão de ar fresco para a equipa
e para a F1. Porquê? Porque o homem é bom. Muito bom.
André Lotterer já conduziu um F1 nos tempos da Jaguar em 2001, mas nunca participou num GP, tendo se mantido no papel de piloto de testes. Daqueles pilotos com muito talento mas que de alguma forma nunca conseguiu um lugar. No entanto o alemão não ficou à espera de um lugar na F1 e foi participando noutras competições, nomeadamente Formula Nippon onde em 12 anos foi campeão uma vez, 2º por 4 vezes e 3º por 3 vezes. 8 vezes no top 3 em 12 anos não é nada mau. Em 2009 teve a sua primeira experiencia nas 24H de Le Mans fazendo 7º- No ano a seguir fez 2º, já na Audi Oficial, venceu a prova em 2011 e 2012, fez 5º em 2013 e 1º em 2014. Venceu também o WEC em 2012 e foi 2º nas edição seguinte, lugar que ocupa neste campeonato actualmente.
Obviamente que o Endurance é diferente e é preciso ter
colegas de equipa muito bons para conseguir bons resultados. Mas o talento de
Lotterer é reconhecido por todos. Tem sido fundamental na estrutura Audi e é um dos nomes mais respeitados do WEC. E no WEC há muita qualidade.
E é isso que deve ser motivo de alegria. Por uma vez deu-se primazia à qualidade em vez do dinheiro. É certo que será só por uma prova, e Lotterer não deverá deixar o WEC onde está muito bem. Mas ver que a Caterham resolveu pedir a um piloto de qualidade para vir ajudar no desenvolvimento do carro é bom e deveria servir de exemplo para todos. O dinheiro é importante é certo. Mas o talento e a qualidade trazem resultados. Com os resultados vem o resto. A Marussia que o diga. Viver à sombra do talento de Bianchi já rendeu dois pontos... Mais do que a Caterham fez.
E é isso que deve ser motivo de alegria. Por uma vez deu-se primazia à qualidade em vez do dinheiro. É certo que será só por uma prova, e Lotterer não deverá deixar o WEC onde está muito bem. Mas ver que a Caterham resolveu pedir a um piloto de qualidade para vir ajudar no desenvolvimento do carro é bom e deveria servir de exemplo para todos. O dinheiro é importante é certo. Mas o talento e a qualidade trazem resultados. Com os resultados vem o resto. A Marussia que o diga. Viver à sombra do talento de Bianchi já rendeu dois pontos... Mais do que a Caterham fez.
Foi pena foi ter sido Kobayashi o escolhido. Não tem feito uma época boa é verdade, mas Ericsson cabe-lhe no bolso das moedas. Mas não se pode pedir tudo de uma vez. Pode ser que seja sinal de mudança. Depois do exemplo da Force India a Caterham optou pelo melhor caminho.
Fotos: motorsport.com
Fábio Mendes
Fábio Mendes
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