A noticia desta
semana no mundo da F1 é a venda das acções de Tony Fernandes, na Caterham a um
consórcio do médio oriente e suíço, de quem nada se sabe. Tony Fernandes, que
já tinha mostrado em público algum desagrado pela equipa não conseguir chegar
aos lugares que ele pretendia, fica assim livre (e possivelmente mais rico)
para o futebol, para a sua equipa que jogará na Premier League em 2014/2015, o
Queens Park Rangers.
Apenas a Caterham F1 Team foi vendida, porque a Caterham
Cars, será mantida no grupo de empresas do malaio. Durante as semanas que
passaram, ficamos a saber também que a Renault comprou as acções detidas pelo
grupo Caterham na Société des Automobiles Alpine Caterham, uma sociedade
criada para o desenvolvimento do modelo icónico Alpine. Fernandes ao vender a
sua parte na sociedade, deu mostras de querer sair do mundo automobilístico.
Para já apenas vendeu a equipa de F1.
A denominação da “nova” equipa manter-se-á Caterham F1 Team
e será dirigida por Colin Kolles e chefiada no dia-a-dia por Christijan Albers,
que regressa assim à F1 e que prometeu investir na equipa, para que esta
cresça. Tony Fernandes também tinha prometido o mesmo e pelos vistos, nunca
aconteceu.
Tony Fernandes entrou na Fórmula 1 em 2010, fazendo
ressurgir um dos nomes mais conhecidos do Grande Circo: a Lotus. A equipa
chamar-se-ia Lotus Renault até 2012, ano que mudou de nome para Caterham F1
Team, porque o malaio comprou também a marca de carros inglesa Caterham e assim
unia a equipa de F1 e a marca de carros desportivos num mesmo nome.
Os primeiros pilotos da equipa foram Heikki Kovalainen e
Vitaly Petrov, que provinham da Lotus e os pilotos de reserva, Alexander Rossi
e Giedo Van der Garde. Na época de 2012, a equipa não pontuou mas acabava a
época em 10º lugar, acima da HRT (entretanto fechada) e da Marussia
(“arqui-inimiga” desde esse ano até agora).
O ano passado, em 2013, os pilotos mudaram e a Caterham
deixou Kovalainen, o piloto mais experiente de fora, tornando-se piloto de
reserva, para Charles Pic (que provinha da Marussia) e Giedo Van der Garde,
assumirem os volantes dos dois monolugares. Os outros pilotos da equipa, os de
testes, foram Qing Hua Ma (que agora compete no WTCC) e Alexander Rossi.
A época não correu
como Fernandes queria, tendo a equipa acabado em 11º, atrás da Marussia, sem
nenhum ponto conquistado! No final do ano, começaram os lamentos do malaio que
utilizou diversas vezes as redes sociais e a comunicação social para enviar os
recados para o seio da equipa.
A presente época iniciava-se com uma chamada de atenção do
dono para os membros da equipa, a Caterham tinha que dar o salto na tabela de
construtores! Os pilotos mudaram, são agora Marcus Ericsson, um rookie pagante
e Kamui Kobayashi, um bom piloto que regressou à F1, que já tinha pilotado na
Sauber e que pagou também o lugar na equipa. Mantém-se Alexander Rossi como
piloto de testes e um tal de Robin Frijns, que achamos ser um bom piloto.
A época não está a ser a tornar-se o que Fernandes queria,
porque a Caterham ainda não pontuou e a Marussia conseguiu ao fim de 3 anos os
seus primeiros pontos. A Caterham luta agora com a Sauber pelo 10º posto no
Campeonato de Construtores, o último lugar que dá direito a pagamento pela FOM.
Se não conseguir, vai ser o segundo ano consecutivo para a equipa que não
recebem o bónus, como tal, irá ser um rombo no orçamento para o próximo ano.
Resta esperar para ver quais são as principais mudanças da
gestão da equipa, principalmente em corrida.
A história da Caterham em números:
Nº de épocas: 3
Nº de GP: 47
Melhor posição na qualificação: 14º
Melhor resultado final: 11º
Fotos:
google.pt
Pedro Mendes
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