Foi com grande expectativa que a notícia que a Martini
voltaria a patrocinar um carro de F1 foi recebida entre os amantes do desporto
motorizado. A Martini tem uma ligação muito forte como o mundo automóvel e este
regresso seria um reviver de memórias passadas, para os mais nostálgicos.
Quando a notícia foi confirmada, a alegria foi geral. As
linhas azuis e vermelhas iriam voltar a ver-se nas pistas e ainda por cima na
categoria rainha do desporto automóvel. Mais ainda, a Martini iria patrocinar a
Williams, um histórico da F1, que quer voltar aos tempos de glória que viveu no
passado. Um regresso desejado por muitos e que por certo será um grande sucesso.
Já que estamos numa onda de reviver o passado, vamos rever a
história da Martini Racing e relembrar os gloriosos carros que fizeram as delícias
dos fãs.
O programa de patrocínios da Martini começou em 1968, com a
marca italiana de bebidas destiladas a patrocinar um Alfa Romeo Giulietta Sprint Zagato para
as 12h de Sebring.
Com os anos 70, veio a primeira parceira de peso, com a
Martini a colocar o seu nome num Porsche 917, que competiu nas 24h de Le Mans e
venceu a prova em 1971, algo que repetiram em 76 e 77 com o 936. Entretanto a
parceira também incluiu um patrocínio do Porsche 911 RS, que venceu o Targa Florio.
Foi também nos anos 70 que a Martini entrou para o grande
circo. Em 72 o seu primeiro patrocínio foi para a equipa italiana Tecno, que se
mostrou muito pouco competitiva. Então a Martini trocou para a Brabham em 1975.
Em 79 a Lotus recebeu as cores da marca italiana, mas não se mostrou
competitiva o suficiente nesse ano, embora tivesse vencido o campeonato de 1978,
e como tal a Martini retirou-se da F1.
Em 1978 a Martini entrou no rally, também com a Porsche, mas
foi em 82, quando assinou a parceira com a Lancia, que a história de sucesso
nos rally´s começou a ser escrita, com o 037 a receber as cores da Martini,
iniciando a parceria mais longa da Martini Racing que duraria até 1992. Carros
míticos foram pintados com as cores da Martini como o Delta S4, o Delta
Integrale. Nomes como Juha Kankkunen, Bruno Saby, Massimo Biasion e Toivonen elevaram as cores da Lancia e da Martini numa época de ouro no Rally que tinha tanto de emocionante como de perigosa. Mas a parceria da Martini com a Lancia incluiu também competições de endurance, com carros como o Montecarlo, o LC1 e o LC2.
Em 1992 a Martini também patrocinou carros de turismo, com a
Alfa Romeo, participando no campeonato italiano de turismo, e mais tarde no DTM,
embora sem grande sucesso.
Em 1999 a Martini voltaria ao rally agora com a Ford
M-Sport, com uma equipa de luxo com Sainz, McRae e Markko Martin, numa
parceria que iria até 2002.
De 2006 a 2008 a Martini patrocinou a Ferrari mas com uma
participação mínima que não permitiu que as cores da marca se voltassem a
mostrar ao público.
Depois de tanto tempo sem vermos as cores da Martini num
carro de competição eis que a marca italiana volta a fazer sorrir os adeptos,
transformando o FW36 no carro mais bonito do grid de 2014. É de facto uma alegria
enorme ver as listas azuis e vermelhas de volta à F1. É também sinal que a F1
finalmente volta a ser apelativa a nível comercial. Pode ser que a entrada da
Martini provoque uma onda de novos patrocínios e que a F1 possa dar um passo em
frente.
(Fotos: Colecção de carros Martini Racing; Porsche 917 (1971); Brabham BT45 (1976); Lancia Delta Integrale (1988); Lancia LC2 (1983); Ford Focus RS WRC (2006); Williams FW36 (2014)
Porsche 936 (1976)
Alfa Romeo 155 DTM (1992).
statsf1.com
www.motorauthority.com
Fábio Mendes
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