sexta-feira, 19 de julho de 2013

António Félix da Costa – Um talento que quer e pode voar alto.

Félix da Costa tem sido nestes últimos dias motivo de interesse para o mundo da F1. O piloto da Red Bull Junior Team, provou mais uma vez as suas capacidades ao volante do RB9, em Silverstone, nos testes para jovens pilotos.
Este ano os testes decorreram em moldes diferentes, sendo permitida a participação dos pilotos titulares das equipas. Mas a Red Bull confiou no talento do jovem português para conduzir o carro que obviamente foi alvo de modificações e acertos de forma a preparar o resto do campeonato.

Já desde o ano passado apontado como o “the next big thing” na F1, Félix da Costa tem conseguido mostrar-se aos poucos no sempre difícil mundo da Formula 1. Se no ano passado tinha dado muito boa conta de si no testes para jovens pilotos em Abu  Dhabi onde pilotou o RB8 e mostrou muito bom andamento, este ano confirmou as suas qualidades, ficando em 3º na tabela de tempos no 1º dia, tendo feito 82 voltas e ficando atrás de Magnussen, seu adversário na WSR, e DI Resta piloto titular da Force India. De referir que da Costa usou apenas pneus duros nos testes, enquanto os 2 primeiros usaram médios, o que pode explicar a diferença de 0.2 seg.  em relação a Magnussen.  Hoje, fazendo apenas a parte da manhã, conseguiu o 7º melhor tempo, mas com poucas voltas rodadas e já com a equipa a pensar na parte da tarde onde iria rodar Ricciardo, o possível substituto de Webber no próximo ano.

No final do 1º dia em declarações à Sky F1 Félix da Costa não escondeu a sua ambição de chegar a categoria rainha do automobilismo:

“Não o escondo, o meu objetivo é estar na Fórmula 1 no próximo ano, mas isso só acontecerá se fizer um bom trabalho na World Series, portanto é aí que o foco deve estar. Temos que elevar o nível. As coisas estão bem, mas não excelentes, pelo que temos de vencer corridas e depois se vê se o passo é dado ou não.”

“O meu foco neste momento é a World Series. É natural que se fale muito em Fórmula 1, principalmente nestes dias depois do teste, mas neste momento estou concentrado em dar tudo na World Series para no futuro vir a merecer um lugar na F1”.

Sobre o teste disse ainda:

"É fácil começar ir reduzindo as diferenças para os grandes nomes da F1, mas o último meio segundo é que é a parte difícil. Aí, precisamos de forçar bastante. É complicado olhar para os tempos de volta, quando todos estão rodando com diferentes cargas de combustível e pneus. A equipa está feliz e eu estou feliz, pois conseguimos realizar todo o programa"
 

Quando confrontado com a pergunta, se estaria pronto para a F1 respondeu:

"Sim, certamente. Quando saí do carro após a última volta de hoje, pensei: Estou pronto, eu quero mesmo isto. Mas como disse ontem, tudo vai depender do resto da minha temporada na World Series by Renault. Temos que merecer um lugar na F1 e eu quero merecê-lo. O momento é bom e eu acredito que se fizer o meu trabalho corretamente, então poderei consegui-lo"





Interessa pois conhecer melhor o jovem português e fazer uma retrospectiva rápida da sua carreira até agora.

António Maria de Melo Breyner Félix da Costa, nasceu a 31 de Agosto de 1991, em Cascais. A sua primeira aparição em pista foi com 9 anos, onde logo desde cedo mostrou grande à vontade, mesmo competindo com pilotos mais velhos.

De 2000 a 2006 cresceu nos Karts, nos campeonatos nacionais. Em 2006 começa a evidenciar-se, sendo Vice- campeão na World Series Karting e 3º no Open Master de Italia.

Em 2007 surgiu o convite da prestigiada equipa de Karting Tony Kart, por onde também passaram nomes como Schumacher e Vettel. Recebe nesse ano os prémios Piloto Revelação da Autosport e Jovem Promessa da Autohoje.

Depois de muito boas prestações nos Karts, dá finalmente o salto para os monolugares em 2008, entrando na equipa Motopark Academy, na Formula Renault 2.0, tornando-se no português mais novo a competir nos monolugares. Sagra-se Vice Campeão Norte Europeu de Formula Renault 2.0 com 11 pódios e melhor Rookie Campeonato Norte Europeu. Faz também dois top 5, em 3 corridas no Campeonato da Europa, também em Formula Renault 2.0.

Em 2009 sagra-se campeão do Campeonato Norte Europeu com 9 vitórias em 14 corridas e faz 3º classificado no Campeonato da Europa com 3 vitórias tudo isto na Formula Renault 2.0

2010 traria 7º lugar, agora na categoria Formula 3 Euroseries com 3 vitórias (melhor rookie). Seria em 2010 que Félix veria o seu sonho de perto, quando foi convidado pela Force India para fazer o teste de jovens pilotos, em Abu Dhabi. Aí fez 3º melhor tempo atrás dos Red Bull e McLaren, começando a despertar o interesse dos grandes da F1.

Em 2011 disputou o GP3 Series, não tendo grandes resultados mas mostrando qualidade. Correu também na Formula 3 britânica onde teve boas prestações.

2012 foi o ano de sonho de Félix da Costa. Correndo pela Carlin no GP3, faz 3º classificado na série com 3 vitórias. Fez história, sendo o único piloto a ganhar 2 corridas no mesmo fim-de-semana. Foi neste ano que assinou pela Red Bull Junior Team, passando a correr pela Arden Caterham na Formula Renault 3.5. Conseguiu 4 vitórias, e conseguiu novamente ganhar 2 vezes no mesmo fim de semana.. Mesmo não estando presente nas 5 primeiras corridas, faz 166 pontos e fica a 23 do titulo.Esta performance permitiu lhe novo teste num F1, agora num Red Bull em Abu Dhabi como já referimos anteriormente.
Venceu também em Macau em Formula 3, nesta que uma das mais míticas e difíceis provas do automobilismo, dominando por completo a prova.

Foi considerado em 2012 o 8º melhor piloto do mundo pela prestigiada Autosport UK, ficando atrás de nomes como Alonso, Hamilton, Button Vettel, Raikkonen   Keslowsy (Nascar) e Loeb ( rally).


Trevor Carlin, patrão da Carlin, aquando do prémio disse as seguintes palavras sobre Félix da Costa:

 “Para mim o António é seguramente tão bom como o Sebastian (Vettel) era na mesma fase da sua carreira. O que destaca o António é a sua atitude, ele é uma pessoa extraordinária de se trabalhar. No início do ano tivemos alguns problemas com o carro na GP3 e ele foi sempre muito positivo e quem puxou a equipa para cima, motivando-nos a todos. Ele é um grande piloto, principalmente em corrida, onde talvez seja até um bocadinho melhor que o Sebastian”.


Restam poucas dúvidas sobre o talento do jovem português. O caminho para a F1 foi percorrido passo a passo, com sucesso e muitos especialistas vêm no português um potencial campeão. O que poderá então evitar a entrada de Félix da Costa na F1? Só vemos questões políticas e financeiras.
Infelizmente nem sempre os melhores sobem à F1. Ainda recentemente vimos Sergey SIROTKIN ter a subida quase garantida à F1 para a Sauber depois de empresas russas terem investido na equipa de Peter Sauber , que esteve em grandes dificuldades financeiras nos ultimo tempos. O piloto russo não é mau mas comparado com Félix da Costa, Magnussen e Vandoorne que competem na mesma serie esta uns furos abaixo.Mas tem a sorte de ter patrocinadores com dinheiro. E dinheiro não é algo que o português possa garantir a uma equipa de F1, pois infelizmente os apoios em Portugal não existem, ainda mais nesta conjuntura de crise. A Red Bull garante que, se mostrar talento, Félix da Costa não tem de se preocupar com dinheiro. Mas sabemos que na F1 nem tudo é tão claro quanto parece.

Tiago Monteiro, que agora ajuda da Costa, foi considerado o rookie do ano em 2005 e mesmo assim não conseguiu ficar na F1, enquanto Narain Karthikeyan, seu colega de equipa nesse ano e piloto claramente inferior  a Monteiro, conseguiu ir ficando na F1 até o ano passado arrastando se nas pistas sem mostrar qualidade.

Uma coisa é certa. O talento do português é claramente visível, e se conseguir subir o rendimento na WSR para o resto da época, o lugar na Toro Rosso é mais que merecido. Acreditamos que Félix da Costa precisa apenas de uma hipótese para mostrar-se na F1. Se essa hipótese, surgir estamos em crer que podemos ter um português a brilhar ao mais alto nível na F1. Possa a sorte estar ao lado do português. Nós deste lado estamos a torcer para que isso aconteça. E que este país de futebóis possa ver o talento que existe fora das 4 linhas.

Carreira de Félix da Costa em números:
2008: 28 corridas; 1 vitoria; 11 pódios; 1 pole position; 1 volta mais rápida
2009: 28 corridas; 13 vitorias; 21 pódios; 6 pole position; 9 volta mais rápida
2010: 24 corridas; 3 vitórias; 4 pódios; 0 pole position; 1 volta mais rápida
2011: 25 corridas; 1 vitoria; 4 pódios; 0 pole position; 1 volta mais rápida
2012: 31 corridas; 10 vitoria; 15 pódios; 2 pole position; 10 volta mais rápida
2013: 9 corridas; 1 vitoria; 3 pódios; 1 pole position;  volta mais rápida ( época a decorrer)







Fontes:
Autosport.pt
Autosport.com

Fábio Mendes

domingo, 14 de julho de 2013

Poderá uma mulher conduzir um Formula 1?

O que distancia as mulheres das pistas de Formula 1? Não questiono como admiradoras do desporto, pois vemos cada vez mais mulheres a assistir aos grandes prémios, mas sim como piloto. Porque não vemos mulheres ao volante de um F1?

Poucas foram as felizardas que já tiveram a oportunidade de o fazer, das quais, apenas cinco entraram em pelo menos um grande prémio:

1958-1959 Maria Teresa de Fillipis
1974-1976 Lella Lombardi
1976-1978 Divina Galica
1980 Desiré Wilson
1992 Giovanna Amati

Destas destacou-se Lella Lombardi (italiana) que entrou em dezassete grandes prémios, começando doze corridas. A única piloto feminina a pontuar na Formula 1.

Nem todas foram um sucesso quanto ao seu desempenho no desporto nobre, mas tal também acontece com elementos do sexo masculino. 
Surge então a pergunta, porque os elementos do sexo feminino não são uma aposta neste desporto? É sabido que a Formula 1 é um desporto que exige muito fisicamente de um piloto, mas será essa a principal razão para manter as mulheres afastadas desta modalidade do automobilismo? As mulheres têm muito menos massa muscular comparativamente aos homens e também, menos apetência a ganhá-la. É necessário músculos bem desenvolvidos em diferentes zonas do corpo para conseguir aguentar uma corrida, em que o corpo é sujeito à aceleração, vibração e choque do carro. Pode ser muito agressiva a condução de um F1. Requereria anos de treino muscular para que uma mulher pudesse ter a forma física de um piloto de topo da F1.

Sir Stirling Moss (ex. automobilista britânico de F1) disse que apesar de haver mulheres fortes e robustas, acredita que as mulheres não têm força mental para competir devido há falta de capacidade das mulheres para lidar com o stresse mental.
Com todo o respeito ao Sir Stirling Moss, mas tenho de discordar. O risco é iminente em vários desportos e se nos focarmos no automobilismo, está bem presente em todas as modalidades. E mesmo assim, vemos mulheres em competição em muitas delas. Um bom exemplo disso é a americana Danica Patrick (norte-americana) que compete na NASCAR e até então tem tido bons resultados.

 Dois nomes femininos juntaram-se à Formula 1 recentemente: Maria de Villota (espanhola) e Susie Wolff (britânica).
Maria foi obrigada a afastar-se em Julho de 2012 devido a um incidente durante um treino como piloto de testes da equipa Marussia, que quase lhe custou a vida. Para além de outros problemas físicos, ficou sem o olho direito.

Susie assinou em 2012 como piloto de desenvolvimento da equipa Williams, da qual faz parte até ao momento.

Será que vamos ver Danica Patrick ou Susi Wolff como piloto de F1 em 2014? A questão fica em aberto…

 Danica   VS   Susie

Bernie Ecclestone, Presidente da FOM (Formula One Management)), disse recentemente que procura uma mulher para a Formula 1. Quando lhe é sugerida Danica, este assume ser uma boa candidata. Contudo, em entrevistas anteriores confrontado com esta ideia, afirmou que as mulheres devem vestir-se de branco como todos os outros electrodoméstico. Mais tarde, pediu desculpa a Danica, mas repetiu o mesmo tipo de comentários, chegando a dizer que as mulheres nunca atingiriam a excelência na F1.
Quando confrontado sobre Susie Wolff, este lançou um cometário também bastante desagradável, dizendo que se a Susie fosse tão rápida como bem-parecida que é, seria um grande trunfo. Uma controvérsia bastante intrigante, por sinal…
 
Quero acreditar que não é devido a este tipo de opiniões e mentalidades como esta, que as mulheres não fazem parte desta modalidade do automobilismo.  


Élia Paulo

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Horários - 13 e 14 de Julho

Infelizmente, para os apaixonados por desportos motorizados, este fim de semana é fraco em corridas, ainda assim, aqui estão os principais eventos destes dois próximos dias:

Sábado, 13 de Julho

MotoGP - Sachsenring

8.00h - Treinos livres Moto3
8.55h - Treinos livres MotoGP
9.55h - Treinos livres Moto2
11.35h - Qualificação Moto3
13.10h - Qualificação MotoGP
14.05h - Qualificação Moto2

DTM - Norisring
8.05h - Treinos livres
13.40h - Qualificação


Domingo, 14 de Julho

MotoGP - Sachsenring
10.00h - Corrida Moto3
11.20h - Corrida Moto2
13.00h - Corrida MotoGP

DTM - Norisring
12.30h - Corrida







Fotos:
motorbikestoday.com 
lusomotores.com

Pedro Mendes

terça-feira, 9 de julho de 2013

WRC – Notícias: Hyundai confirma Hanninen.


A Hyundai Motorsport confirmou oficialmente Juho Hänninen como piloto de testes, no desenvolvimento do I20 WRC. O nome do piloto finlandês já há muito era falado para assumir os comandos deste novo projecto da marca coreana, e a sua ausência nas últimas provas do mundial de ralis, indiciava isso mesmo.

Apesar da pouca experiência no mundial, Juho Hanninen já demonstrou ser um piloto rápido, e capaz de andar a um bom nível, entre os homens mais rápidos.

Durante alguns anos a representar as cores da Skoda, no IRC, sempre como um dos pilotos mais rápidos do campeonato, mas nunca conseguiu os devidos apoios para dar o salto para o mundial. Esse salto chega agora, ao volante do Hyundai I20 WRC. 

O piloto já testou a sua nova “máquina”, ficando impressionado com o trabalho já realizado pelos engenheiros da marca:

 “O primeiro teste com o i20 WRC foi bastante positivo para mim, estou muito impressionado com o trabalho que a equipa tem feito até agora num curto espaço de tempo. Sinto-me confortável com todos na equipa e estou ansioso para continuar a trabalhar com eles nos próximos seis meses."


 A estreia será daqui a 6 meses, na primeira prova do mundial de 2014, em Monte Carlo. O tempo começa a escassear, por isso mesmo o trabalho espera-se bastante intenso no seio da Hyundai Motorsport, que já já afirmou que vai investir forte nesta nova aventura no WRC. Segundo se especula, a marca coreana, deverá gastar cerca de 80 milhões anuais. Com o objectivo claro de melhorar as vendas na Europa, e conquistar o mercado Ocidental.

Em breve também será conhecido o segundo piloto, que deverá acompanhar Hanninen nesta nova aventura. Vários nomes estão a ser falados, mas o de Chris Meeke, será o que mais força tem. Em breve teremos mais novidades acerca deste assunto.

Começa a ganhar forma a nova equipa do mundial de ralis.

Excelentes notícias para o WRC que precisa de mais marcas para ficar mais competitivo e apetecível  Só ganha a modalidade e os adeptos. Esperemos que nenhuma das equipas presentes se retire e que a competitividade suba com esta adição.




Carlos Mota

Destaques GP da Alemanha - F1

Como prometido, seguem os destaques da corrida de ontem, no circuito de Nürburgring, para o GP da Alemanha.

Vettel:
Não podemos deixar de destacar mais uma vitória de Vettel. Sabemos que muitos dos portugueses (e adeptos de F1 em geral), não gostarem do alemão, mas à que dar o mérito ao tricampeão mundial.
A correr em casa, motivado pelo público, o alemão conseguiu aquilo que se preparava para fazer em Silverstone, deixar mais para trás os adversários directos à revalidação do título. Fez uma largada espantosa, escapando pelo buraco da agulha na primeira curva a Hamilton e protegendo-se toda a corrida aos Lotus, fosse Grosjean durante quase toda a corrida, fosse a Raikkonen já nas últimas 5 voltas.
O carro é bom, embora faltando velocidade de ponta, está equilibrado, mas o piloto é excelente.

Red Bull:
Queríamos separar as águas, entre Vettel e a equipa. Parece-nos que erros como o de ontem, no primeiro pit stop de Mark Webber, não sejam admitidos numa equipa de topo da F1, quanto mais na equipa que é campeã em título de marcas e de pilotos. Já aconteceram vários erros do género e só degradam a relação com os pilotos, nomeadamente com Webber, que não ficou na foto de família no fim da corrida...novamente.
No final ainda deu para sorrirem e a dupla Horner & Newey conquistou uma importante vitória para a revalidação dos titulos.

Lotus:

Tanto Grosjean como Raikkonen, fizeram uma excelente corrida com um carro que não dá muitas garantias aos dois. A equipa soube jogar muito bem com as (poucas) mudanças nos pneus e tem um dos melhores pilotos do paddock e outro que é capaz do melhor e do pior, tudo na mesma volta. Mas este fim de semana, correu bem ao francês, que merecia o 2º lugar mas percebemos que Raikkonen precisava mais desse lugar.
Mais uma corrida

Mercedes:
O mau resultado na Alemanha, onde a equipa considerava-se uma candidata à vitória, não pode ser explicado pelas mudanças ocorridas nos pneus. Aliás, Hamilton já veio a público dizer que esta corrida foi um desastre para ele. Nós só podemos concordar.
O desastre começou na qualificação, ponto mais forte da equipa esta época, onde deixam Rosberg sentado dentro carro, na box, à espera que o tempo conseguido fosse mais que suficiente para passar à ronda seguinte...quando todos os outros adversários directos estava em pista. Conclusão óbvia: Rosberg parte de 11º da grelha. Hamilton consegue a pole, o o que coloca toda a equipa a sorrir, mas na largada, vê um Red Bull de cada lado e não consegue salvar pelo menos o 2º lugar.
Resultado fraco neste GP, que coloca Hamilton mais longe de Vettel.

Ferrari:
A equipa de Maranello anda com azar. O carro está cada vez mais parecido com o do ano passado: lento e desequilibrado. Na qualificação nem tentaram chegar aos lugares da frente e contentaram-se com 7º e 8º, atrás de Ricciardo.
Na corrida, Massa desiste, depois de fazer um pião e Alonso andou sempre muito afastado das decisões, até que no final consegue tirar alguns segundo de desvantagem, mas nada que assustasse Grosjean.
Se esperam vencer o titulo, pelo menos, de equipas, têm que fazer muito melhor, porque faltam apenas 3 corridas na Europa.

Ricciardo:
O australiano deu um "murro na mesa" e assumiu a liderança da possível ida para a Red Bull. Com uma boa qualificação neste GP, o australiano parece-nos um piloto muito equilibrado e sério candidato a fazer coisas bonitas  na F1. Ainda bem que a Red Bull aposta fortemente na sua formação e esperamos que continuem.
Ainda que não conseguindo chegar aos pontos, o fim de semana para Ricciardo, só pode ser visto como positivo.

Para além destes destaques, também queríamos chamar a atenção para Bianchi e Pic, que mantém uma interessante luta pelo melhor lugar dos "últimos", são dois pilotos que podem dar o salto para melhores equipas.

Fotos:
indianexpress.com
autosport.com

Pedro Mendes



domingo, 7 de julho de 2013

Resumo da corrida - GP Alemanha



Antes de mais, vamos deixar de fazer previsões acerca dos vencedores dos GP´s. Hamilton deixou-nos ficar mal e nunca vamos desculpar o piloto inglês!

Ross Brawn dizia ontem à Sky, que a corrida apenas ficava decidida nas últimas voltas. Enganou-se muito o inglês, porque para Hamilton ficou decidida na largada. O Mercedes não fez a melhor largada possível e Hamilton viu-se com Vettel de um lado e Webber de outro. Caiu para 3º, naquela que podia ser a segunda vitória consecutiva da Mercedes. Quem fez também uma boa largada, foi Pérez. "Checo" saíu de 13º e ultrapassou Di Resta e Rosberg, colando-se a Hulkenberg.
Por outro lado, tinhamos os pilotos da Lotus prontos para se colarem aos Red Bull, com Grosjean mais rápido que Raikkonen, a pedir autorização para o passar.
No final da volta 8, Webber, que corria em 2º, faz o seu primeiro pit stop. O mecânico que colocava o pneu  traseiro direito, não o conseguiu apertar correctamente, mas o piloto teve ordem de saída. O pneu saiu do carro a grande velocidade, embatendo num cameraman, que ficou ferido, mas que pelas últimas informações, está bem.


Este incidente obrigou Webber a sair das boxes em último, mas pior ainda, a obrigar a Red Bull a rever toda a estratégia para a corrida e a ver Sebastian Vettel sózinho a lutar contra os dois pilotos da Lotus.
Depois das primeiras idas às boxes, a Red Bull avisa Vettel (1º) que Grosjean (2º), está mais rápido, o que seria quase impossível à 2 GP´s atrás: um Lotus mais rápido que um Red Bull. Enquanto na Mercedes, se via perfeitamente que não existiam melhorias na degradação dos pneus.
Na volta 23 dá-se a entrada do Safety Car, devido a um incidente (não foi um acidente!) curioso, com o carro de Bianchi. O motor do Marussia rebenta na recta antes da chicane, o piloto sai do carro e quando os oficiais de pista vão para o retirar, o carro começa a andar de marcha atrás em direcção á pista, colocando em perigo algum piloto que viesse naquele local.



O Safety Car esteve 5 voltas em pista, esperando que Webber, que era último, passasse por ele e se juntasse ao pelotão na posição correcta. Quando o SC sai de pista, dá-se mais um facto curioso: Maldonado está em 9º lugar.

Na volta 40, a 20 voltas do fim, o top 10 estava assim:
Vettel
Grosjean
Raikkonen
Alonso
Button
Hamilton
Pérez
Maldonado
Suttil
Ricciardo

No fim dessa volta, Grosjean
entra nas boxes e saí em 6º com pneus médios e na volta a seguir é a vez de Vettel, que consegue sair á frente de Grosjean (5º). Estava toda a gente, incluindo Horner, da Red Bull, á espera de Raikkonen. A dúvida era se ele puxava pelo carro para ter 17 segundos de vantagem para Vettel e reentrar na corrida à frente do alemão ou  se conseguiria ir até ao fim com aquele jogo de pneus. Vettel no entanto tinha muito "trânsito" á frente dele e demorou bastante tempo a ultrapassar e o Iceman tinha 15 seg. de vantagem...mas não entrava na box. Seria mesmo para seguir até ao fim? E o estado dos pneus? Mas numa jogada que na nossa opinião não foi a melhor, a Lotus manda Kimi ás boxes quando o alemão já estava a tirar tempo ao Lotus. Kimi saiu atrás de Grosjean. Ou seja, quando os pilotos que estavam à frente deles fossem mudar pneus, o finlandês estaria em 3º e teria que ultrapassar o colega de equipa ou ficava naquela posição e apenas arrecadava 15 pontos para o Campeonato em vez dos 18 pontos do 2º lugar. Esperava-se que Grosjean deixasse passar o colega, o que aconteceu a 4 voltas do fim e deixava tudo em aberto em relação ao primeiro lugar. Raikkonen tinha pneus mais "frescos" do que Vettel e estava a ficar mais perto do tricampeão mundial enquanto que, o espanhol Alonso (4º), mais perto de Grosjean (3º).

Na última e derradeira volta, Kimi estava a 1 segundo do Red Bull e dentro do limite do DRS, quase no fim da pista, mas Vettel defendeu-se bem e manteve sempre a vantagem que tinha.
Lotus F1 Team Back in Business at the Nürburgring – 2013 German Grand Prix, Race Report

No final, o alemão felicíssimo por finalmente ter vencido em Nurburgring e o GP da Alemanha, um dos poucos que nunca tinha ganho. E foi também o primeiro alemão a vencer o GP da Alemanha em Nurburgring, visto que Shumacher quando venceu lá, foi a contar para o GP da Europa.


A classificação da corrida foi a seguinte:

  Pos              Piloto                           Equipa                Pontos
1
VETTEL
RED BULL
25
2
RAIKKONEN
LOTUS
18
3
GROSJEAN
LOTUS
15
4
ALONSO
FERRARI
12
5
HAMILTON
MERCEDES
10
6
BUTTON
MCLAREN
8
7
WEBBER
RED BULL
6
8
PEREZ
MCLAREN
4
9
ROSBERG
MERCEDES
2
10
HULKENBERG
SAUBER
1
11
DI RESTA
FORCE INDIA
12
RICCIARDO
TORO ROSSO
13
SUTIL
FORCE INDIA
14
GUTIERREZ
SAUBER
15
MALDONADO
WILLIAMS
16
BOTTAS
WILLIAMS
17
PIC
CATERHAM
18
VAN DER GARDE
CATERHAM
19
CHILTON
MARUSSIA
RET
VERGNE
TORO ROSSO
RET
BIANCHI
MARUSSIA
RET
MASSA
FERRARI

Amanhã publicaremos os destaques da corrida de hoje, mas enquanto isso, temos que, para já destacar a Lotus pelo esforço incrível e a Ferrari pela negativa, quer na Qualificação, que por escolha própria, não conseguiu bons lugares, quer na corrida, que passaram um pouco ao lado.

Fotos:
http://lotusf1team.com/lotus-f1-team-back-in-business-at-12057.html?lang=en
nuerburgring.de
blogs.bettor.com
Fontes:
skysports.com/formula1


Pedro Mendes

Qualificação GP Alemanha - Nürburgring

Depois de uma semana de incertezas quanto à realização ou não do GP da Alemanha, ficamos todos aliviados quando vimos um Mercedes a ganhar a Pole Position. Aliviados porque assim ficamos a saber que está tudo dentro da normalidade: Mercedes com Pole seguidos da Red Bull. Tem sido assim já algumas corridas.
Mas vamos por partes:




Q1
Os Force India foram dos primeiros carros a entrar em acção e Sutil é o primeiro de muitos pilotos a queixar-se de sobreviragem no carro, factor que vai prejudicar alguns pilotos durante a corrida.
Como já é habitual, a 10 minutos de terminar a sessão, os pilotos de cima da tabela, ainda não tinham saído das boxes e Maldonado era 1º (!), com o tempo de 1.31.834, muito acima daquilo que se previa que fosse um bom tempo. Depois disso, sai Alonso, que recebe ordens da equipa para efectuar apenas 3 voltas, ou seja, a volta de saída, a volta cronometrada e a volta de entrada nas boxes. Parecia que a Ferrari tinha a lição estudada e tinha mesmo...mas com Massa, que faz o melhor tempo da sessão.
De fora ficavam Bottas, Maldonado, Pic, Biachi, Van der Garde e Chilton. Era assim a ordem dos pilotos no fim da Q1:
1 Massa           11 Rosberg           21 Van der Garde
2 Raikkonen     12 Di Resta          22 Chilton
3 Alonso           13 Webber
4 Ricciardo       14 Pérez
5 Hamilton        15 Vergne
6 Hulkenberg    16 Gutierrez
7 Button            17 Bottas
8 Grosjean        18 Maldonado
9 Vettel             19 Pic
10 Sutil             20 Bianchi

Q2
A segunda sessão de qualificação ficou marcada por um erro da Mercedes, mas antes, assistimos ao melhor de Grosjean, que fez uma volta espectacular, ao descer o tempo para o segundo 29 (1.29.992). Realmente Grosjean é capaz de fazer coisas espectaculares, como esta volta e a volta no Mónaco e logo a seguir, é capaz de fazer o pior que se possa imaginar, como o acidente também no Mónaco, com Ricciardo.
A Q2, só ficou decidida na última volta dos pilotos, com Rosberg a assistir na garagem da Mercedes. A equipa pensava que o tempo que o alemão tinha conseguido fazer, era suficiente para ficar no top 10, mas não foi o caso, porque Hulkenberg e Button, fazem um verdadeiro milagre ao baterem o tempo de Nico Rosberg e passam a Q3, enquanto um alemão furioso deveria estar a pensar que estaria numa outra equipa, tipo Marussia, tal foi a ingenuidade de Ross Brawn e companhia.
A acompanhar Rosberg, ficavam para trás Di Resta (também uma surpresa desagradável), Pérez, Gutierrez, Sutil e Vergne. Massa era mais uma vez o piloto com o melhor tempo: 1.29.825.

1 Massa           9 Hulkenberg
2 Raikkonen   10 Button
3 Alonso         11 Rosberg
4 Vettel           12 Di Resta
5 Grosjean      13 Pérez
6 Hamilton      14 Gutierrez
7 Webber       15 Sutil
8 Ricciardo

Q3
A verdadeira prova do 9 para os habituais pilotos, começava e logo com a confirmação de que Ferrari, Hulkenberg e Button, não lutavam pela Pole, pois sairam com pneus médios, possivelmente a pensar já na corrida. Massa, que tinha feito o melhor tempo nas duas anteriores sessões, saiu mesmo com pneus usados. Sabiamos à partida, de que quem conseguisse andar mais perto do segundo 28, conseguiria a Pole.
Na corrida para a Pole, a Red Bull colocava-se à frente, com Vettel (1.29.501), o preferido do público alemão, a fazer o melhor tempo, enquanto o seu colega de equipa, Mark Webber, fazia o 3º melhor tempo. Mas como a Mercedes queria também joga em casa, Hamilton baixou o tempo para 1.29.398, "gelando" os alemães apoiantes de Vettel.
A Grellha do top 10 fica assim composta:

1 Hamilton         2 Vettel
3 Webber          4 Raikkonen
5 Grosjean        6 Ricciardo
7 Massa            8 Alonso
9 Button (s/ tempo)  10 Hulkenberg (s/ tempo)


Desta qualificação ficam algumas conclusões:
-a Caterham está novamente à frente da Marussia;
-Ricciardo dá mais um passo e ultrapassa Vergne, na luta por lugar na Red Bull, para a próxima época:
-Raikkonen mostrou que o Lotus pode ser um candidato à vitória no traçado alemão;
-Button e Hulkenberg levaram os seus carros onde ninguém pensava, dentro dos 10 primeiros;
-Hamilton provou que os Mercedes estão com mais velocidade e que agora sim, podem lutar verdadeiramente pelo campeonato.

A nossa previsão para a vitória recai sobre Hamilton, mas logo seguido dos Red Bull...e vamos ver se Webber não se intromete na luta com Vettel, já que agora não tem nada a perder e está atrás do alemão na grelha.

Foto:
grandprix247.com

Pedro Mendes

terça-feira, 2 de julho de 2013

OFICIAL: Rally de Portugal 2014 não será no Norte

O ACP fez um comunicado há pouco onde justifica o porquê do Rally de Portugal não ser no Norte do Pais.

Pelo que se pode ler, todas as câmaras contactadas deram inicialmente  o sim à iniciativa mas quando foram necessárias as confirmações todas as câmaras deram o passo atrás.

Vale a pena ler o comunicado para perceber o que aconteceu.

Infelizmente quem perde são os verdadeiros amantes do Rally que fizeram questão, pelo segundo ano consecutivo, de mostrar que a força do Rally está no Norte ( sem querer diminuir a paixão das gentes do Sul, mas foi por demais evidente pela moldura humana no Confurco que a casa do Rally é no Norte).

No Chicane ficamos obviamente muito tristes com esta decisão e perguntamos quando haverá vontade dos dirigentes em fazer um evento desta categoria. Basta ver pelos números do circuito da Boavista este ano:

Circuito da Boavista 2013, o sucesso em números:
Espetadores: mais de 221 mil pessoas;
Receita de bilheteira:mais 32% do que na edição de 2011;
Audiência estimada Eurosport: 40 milhões de pessoas em 187 países;
Ocupação hoteleira: 90%m mais 10% do que em 2011;
Organização: 3.500 pessoas

Esta era a informação disponível no facebook do Circuito da Boavista.

É a prova que eventos motorizados podem ser rentáveis e que as pessoas aderem em massa. 


Fica aqui o comunicado do ACP:

Há cerca de dois anos que o Automóvel Club de Portugal estuda um percurso para o regresso do Rali de Portugal ao norte do País, em conformidade com a vontade da FIA e das populações locais.

Assim, em julho de 2012, o Automóvel Club de Portugal enviou uma carta às Câmaras Municipais de Viana do Castelo, Ponte de Lima, Arcos de Valdevez, Paredes de Coura, Vieira do Minho, Montalegre, Fafe, Lousada, Porto, Arganil, Góis e Oliveira do Hospital na qual eram elencadas as condições para a realização do Vodafone Rali de Portugal naquelas zonas do País.

Todas as autarquias responderam positivamente e comprometeram-se formalmente com a realização da prova durante 3 anos, que teria como centro nevrálgico a cidade do Porto.

Estranha e incompreensivelmente, apenas a Câmara do Porto não respondeu à missiva do ACP. O que tratando-se do maior evento desportivo nacional realizado na atualidade adensa a perplexidade perante tal silêncio.

Há cerca de uma semana, o presidente da autarquia portuense afirmou, no decorrer do Circuito da Boavista, que não queria condicionar o seu sucessor com um compromisso para 3 anos, mesmo que se trate de um evento que custará no máximo 300 mil euros/ano à edilidade e traga um retorno direto em hotelaria e restauração na ordem dos 50 milhões de euros…

Perante a falta de resposta, o vice-presidente da mesma câmara, Dr. Vladimiro Feliz, assegurou pessoalmente ao presidente do ACP que todos os candidatos autárquicos com hipóteses de vitória estavam de acordo e que enviariam à autarquia as respetivas cartas de compromisso para a realização do rali.

Os episódios posteriores são conhecidos da opinião pública, através de uma série de declarações à imprensa por parte da Câmara do Porto e dos seus candidatos a presidente. Refira-se que, dos 3 candidatos com hipóteses de vitória, apenas o Dr. Luis Filipe Menezes acatou todas as condições e formalizou por escrito a vontade de honrar o compromisso de ter o rali no norte.

O Rali de Portugal, como o nome indica, é do País e não do Porto ou de Lisboa como o Dr. Rui Moreira e o Dr. Manuel Pizarro sugeriram. A adesão imediata e entusiasta das restantes câmaras a norte e o retorno que a realização do WRC Fafe Rally Sprint dá desde há dois anos ao concelho de Fafe vão muito além do Porto.

A organização de uma prova desta envergadura e dos compromissos internacionais inerentes à mesma exigem responsabilidade, seriedade e vontade.

Nenhum destes requisitos corresponde ao comportamento da Câmara do Porto e dos seus candidatos.

O Automóvel Club de Portugal tudo fez, faz e continuará a fazer para manter o Rali de Portugal no Campeonato do Mundo, independentemente do local onde se vier a realizar.

Assim, o Automóvel Club de Portugal informa que a edição de 2014 do Vodafone Rali de Portugal vai ter lugar no sul do País.

Lisboa, 2 de julho de 2013




Fábio Mendes

Última hora + Breves

Pneus compostos com kevlar já na Alemanha - Última hora

Segundo a Sky Sports, que refere a sua fonte como sendo o Daily Telegraph,  à minutos, a Pirelli vai anunciar mais logo, que irá mudar as cintas dos pneus de aço para kevlar, um composto mais resistente, que já queriam ter utilizado depois do GP do Canadá, já para a próxima corrida em Nurburgring, Alemanha. Adrian Newey e Martin Witmarsh, tinham pedido à Pirelli, depois dos rebentamentos de pneus este fim de, para utilizarem a estrutura de pneus de 2012, com o composto deste ano, mas tal não é possível num espaço de tempo tão curto entre corridas, mas será possível na Hungria, no final deste mês.

Esperamos mais desenvolvimentos deste tema durante o dia de hoje.

Adrian Newey critica Force India, Ferrari e Lotus

O director técnico da Red Bull, criticou a falta de acordo entre todas as equipas do paddock para a solução apresentada pela Pirelli, nos dias após o GP do Canadá. A solução apresentada, como escrevemos ontem, foi vetada por 3 equipas, nomeadamente a Ferrari, Lotus e Force India, com a justificação de que seria injusto mudar as regras do jogo a meio da época. Newey, que foi homenageado com a construção de uma estátua dele, afirmou que o problema para as equipas impedirem um novo composto de pneus, foi a preocupação por perderem uma vantagem que têm agora e não a preocupação pela segurança dos pilotos. Adianta ainda, que se existisse uma nova construção de pneus em Silverstone, não teriam acontecido as "falhas catastróficas" em Inglaterra.

Britânico Kris Meeke, substitui Al Qassimi no Rali da Finlândia

A dupla britânica Kris Meeke e Chris Patterson, vão substituir na Finlândia, Al Qassimi e Scott Martin, ao volante do Citröen da equipa Abu Dhabi Citroën Total World Rally Team. Meeke não é muito conhecido do público em geral, mas não é nenhum rookie em ralis. Com 34 anos, apenas em 2011 conduziu o primeiro WRC, mas já antes tinha competido no IRC e em 2005 garantiu o 3º lugar no mundial de ralis júnior a bordo de um Citroën C2 Super 1600. 
Al Qassimi, por impedimentos profissionais não vai á Finlândia, mas afirmou que confia em Meeke para uma boa prestação numa prova difícil do Mundial, sabendo que é um piloto maduro e competente.

Fontes:
http://continental-circus.blogspot.pt/2013/07/os-observadores-da-fia-e-as-criticas-de.html
http://iris.cpidt.pt/sportmotores2003/usrproj_sportmotores.go_noticia?id=37250
http://www1.skysports.com/formula-1/news

Pedro Mendes

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Pirelli vs F1

Os donos da Pirelli já devem de estar arrependidos por serem o fornecedor de pneus na F1...e devem de estar com as orelhas a arder, de tanto se falar deles!

Se em Maio, depois do GP da Catalunha, já estava instalada a confusão, tal como postamos no nosso blog, depois deste fim de semana pior ainda.
Em Silverstone, em apenas 52 voltas rebentaram 4 pneus, todos na traseira e do lado esquerdo, que já de si é muito estranho e inseguro. Sabe-se agora que Charlie Whiting, o director de corrida da FIA, esteve para interromper a corrida por levantar questões de segurança para os pilotos. Felipe Massa, afirmou mesmo que compreenderia tal decisão, já que o sentiu na pele. Mas também tem que ser dito, que o mesmo Charlie Whiting, na vistoria que fez à pista antes do GP, não encontrou nada de estranho na pista, pelo menos não o colocou no relatório que é entregue a equipas e comunicação social.

Na altura do rebentamento do pneu do carro de Vergne, pôs-se a possibilidade de os corretores da curva 3 e 4, poderem ter algum elemento que contribuísse para o arrebentamento dos pneus. Hoje os responsáveis de Silverstone já disseram que estão indignados com o levantar desta possibilidade.


A própria Red Bull, via rádio, avisou Sebastian Vettel, que tinham encontrado cortes no pneu durante a troca. Os engenheiros da Pirelli chegaram a recomendar às equipas que aumentassem a pressão dos pneus para 2 psi.


Quarta feira está agendada uma reunião em Paris, entre FIA, Pirelli e as equipas, que vai dar muito que falar, mas vamos ao cerne da questão:
Será mesmo que ao rebentar 4 pneus, todos do mesmo lado, todos na traseira dos carros, a culpa é exclusivamente dos pneus?
Nós, no Chicane, não conseguimos consenso...eu especialmente digo que por mais estranho que pareça, e caindo no erro de achar que é pura coincidência serem todos do mesmo lado, mas sim, a culpa é dos pneus. Salvaguardando, que é a minha opinião e que não reflecte a opinião dos demais do grupo. A minha argumentação é a seguinte: toda a gente sabe que os pneus da Pirelli se degradam rapidamente (propositadamente, foi assim que lhes foi pedido por parte da FIA e a própria marca já pediu ao organismo que tutela a F1, para integrar um novo pneu, com compostos de kevlar, que seria mais forte do que o actual, tal proposta foi-lhes negada, porque Ferrari, Force India e Lotus, não concordam) e toda a gente sabe que os Pirelli têm tendência a rebentar, mesmo ponderando que existisse uma face do corrector, tal como o vídeo da BBC explica, que poderia cortar a borracha, os pneus deveriam ter de suportar essas agressões. Por outro lado, não considero a Pirelli culpada. Este é outro assunto. Deveriam a FIA, Pirelli e as equipas, terem chegado, já, a um acordo que salvaguardasse a segurança dos pilotos e o desporto. Não é possivel, termos um rebentamento de um pneu, numa recta, onde a velocidade pode atingir os 290 km/h e depois avisar as equipas para colocarem mais pressão nos pneus.

Os pilotos já ponderam o boicote ao GP da Alemanha, em Nurburgring, porque mesmo que sejam feitas alterações aos pneus, a marca italiana não as consegue incluir neste próximo GP, marcado para o próximo fim de semana, apenas para o GP da Hungria, no fim do mês.

Mais conclusões conseguiremos tirar, na quarta feira, dia em que estaremos muito atentos ás medidas que se possam vir a tomar. A verdade é uma só: este caso não faz bem à F1.



Fotos e vídeo:
youtube.com
facebook.com/JBFansAroundWorld?hc_location=stream
motorsport.com

Pedro Mendes