quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Na primeira pessoa 4: DTM é assim tão mau?

Após uma semana da notícia do possível ingresso de António Félix da Costa no DTM, pela mão da BMW, faço deste o tema para mais uma crónica.

A notícia que A. F. da Costa irá possivelmente correr no campeonato DTM na próxima temporada, não caiu muito bem na “comunidade” dos amantes dos desportos motorizados em Portugal. Umas mais radicais que outras, mas as visões são de forma unânime, pessimistas em relação ao futuro do nosso “Formiga”.

Eu não vejo as coisas assim, pelo contrário, acho muito interessante para o piloto português integrar esta competição que está num processo de crescimento incrível, tanto a nível de qualidade de pilotos, como no próprio calendário, naquele que já foi o campeonato Alemão de Turismos, hoje é mais do que isso, é talvez a segunda prova mais importante no que a desportos motorizados de “4 rodas” diz respeito.

E o pessoal acha isso mau?! Ter dois pilotos portugueses (F. Albuquerque vai para a 3ª época na competição) a disputar o DTM é sinal que os nossos “tugas “ lá fora são valorizados, e que as suas qualidades são vistas como mais-valias para as marcas. Exemplo disso é mesmo F. Albuquerque, que após duas temporadas no campeonato, sem grandes resultados, aliás bem modestos por sinal, já viu renovado o seu contrato e para a próxima temporada, porque quem lá está sabe do seu valor, e sabe em que condições ele corre e por que razão não mostra o que realmente sabe (erros de equipa).

Sei que todos queriam ver Félix da Costa na F1, eu também gostava, e ele, mais do que nós todos juntos, também queria andar no “grande circo”. Mas temos de ser realistas, e ver as coisas como eles são, a F1 é para multimilionários, onde os $ contam muito mais que o talento, e pilotos de grande qualidade tem ficado de fora por falta de “bons padrinhos”, ou pelo simples facto de não serem da nacionalidade que mais interessa ao “tio Bernie”.

O DTM é um grande campeonato, muito competitivo (possivelmente muito mais até que a F1, porque se no futebol são 11 contra 11 e no fim ganha sempre a Alemanha, na F1 são 22 á partida e no fim ganha sempre um alemão), e será uma grande aposta para o nosso piloto português, caso se venha a concretizar. Não tenham medo que a F1 fique mais distante para Félix da Costa, tenham sim confiança que isto seja uma rampa de lançamento, como o nosso Formiga disse, “isto não é o fim, mas sim o início” e vai ser, o continuar de uma grande carreira.



Na primeira pessoa...Carlos Mota.

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