Pelo que se tem visto nos testes da F1, a diferença de
andamentos de umas equipas para outras é grande e em alguns casos alarmante. Há
várias equipas como a Williams, a Mercedes a McLaren e a Force India que até já
lideraram a tabela de tempos nos testes.
Mas dos primeiros para o fundo da tabela, a diferença de tempos chega aos 8 e 9 segundos. É
normal nesta fase, pois a revolução que se deu a nível técnico na F1, não é fácil de
assimilar mas as equipas encontrarão forma de resolver os problemas mais tarde ou
mais cedo.
No entanto, para o 1º GP, que é daqui a 12 dias, há um problema
inesperado que surge. A regra dos 107%. Uma regra que foi implementada para
retirar da pista os carros mais lentos, poderá retirar da pista mais carros do
que se esperaria.
A regra diz que todo o carro que fizer mais que 107% do
melhor tempo feito na 1ª sessão de qualificação ( Q1), é excluído automaticamente. Ou seja, explicando de
forma simples, se o melhor tempo da Q1 for de 100 segundos (1:40:00), todos os
carros que fizerem mais que 107 segundos (1:47:00) são automaticamente excluídos,
não podendo participar na corrida.
Em termos práticos, e usando o melhor tempo da semana passada, que foi de Rosberg, como tempo para a Pole Position, isso significaria que apenas 14 carros poderiam correr, ficando 8 carros de fora ao abrigo da regra dos 107%. Seria certamente um escândalo se isso acontecesse.
Em termos práticos, e usando o melhor tempo da semana passada, que foi de Rosberg, como tempo para a Pole Position, isso significaria que apenas 14 carros poderiam correr, ficando 8 carros de fora ao abrigo da regra dos 107%. Seria certamente um escândalo se isso acontecesse.
É verdade que no passado já foram aplicadas excepções a essa regra e caso acontecesse em Melbourne, por certo que se fecharia os olhos à situação. Mas não deixa de ser caricato.
Os novos regulamentos são muito exigentes (há quem diga
que demasiado exigentes) e há muitas equipas que precisariam de mais tempo para
estar preparadas. A Red Bull já avisou que vai à Austrália em modo sobrevivência.
A Caterham está muito em baixo tal como a Lotus e a Toro Rosso, embora em crescendo ainda é uma grande incógnita.
Veremos como corre o 1º GP, mas há muitas incertezas no ar. Contudo, ao contrário dos arautos da desgraça, não creio que este problema seja o “fim
do mundo”. Há equipas que se prepararam melhor e outras pior. A competição é
mesmo isto. Quem está melhor, está na frente e quem não se preparou, tem de correr
atrás do prejuízo. O mundo da F1 é frio e muito competitivo. Acredito que no meio da época as coisas estarão mais equilibradas. Acredito também num campeonato muito competitivo. As mudanças são difíceis. Mas não se deve ter medo delas.
Link com uma calculadora para testar vários cenários:
https://www.allars.co.uk/calc/f1/qualifying.php
Fábio Mendes
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