segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Resumo da época 2013 de Fórmula 1 - Parte 1

O inevitável resumo da época. Passamos em revista os principais acontecimentos do ano. Para começar, uma ligeira pincelada sobre o que se passou durante o ano. Para quem quiser saber mais sobre alguma das corridas, deixamos no final do texto os links dos textos das 19 provas.


2013 começava praticamente como começou 2012. Com muita expectativa, pois no Grid encontravam-se 5 Campeões do Mundo. Este seria também o último ano dos motores 2.8 L V8. Com muitas mudanças para 2014, não se previam alterações profundas nos carros. Apenas ajustamentos dos monolugares do ano anterior.

Havia curiosidade para saber se a Sauber ia manter os níveis do ano passado e se a McLaren e Ferrari conseguiriam finalmente vencer a Red Bull. Na Mercedes, a exigência era maior mas ainda não se exigiam títulos. Apenas bons resultados e o seguimento do crescimento sustentado da equipa. A Lotus era a grande incógnita. Seria capaz de manter ou melhorar os resultados do ano passado? Ou pelo contrário, teria ficado para trás em relação aos grandes do Paddock?

1ª Metade
 
O início da época foi bastante animado. As corridas da Austrália, Malásia e Bahrain tiveram muita acção. Muitas ultrapassagens, muitos Pit Stop´s devido aos pneus, que foram o centro das atenções no início da época.

O GP da Malásia foi o mais controverso do ano, com a Mercedes a recusar a ultrapassagem de Rosberg sobre Hamilton, que ia quase a passo, e o famoso “Multi21. Vettel ignorou as ordens da equipa e ultrapassou Webber. Foi a gota de água, numa relação já muito fragilizada.

No Bahrain, também Button e Perez resolveram lutar em pista, com o mexicano a ser agressivo, algo que Button não estava habituado até então.

O GP da Espanha viu Alonso vencer de forma brilhante, com todos a pensar que seria a partir de aqui que o Ferrari mostraria todo o seu potencial, visto ter prometido muito durante as primeiras corridas, sem no entanto traduzir essas promessas em vitórias.

Mónaco recheado de acção, com Rosberg a vencer onde o pai tinha vencido 30 anos antes. Foi no Mónaco que surgiu a polémica dos testes da Mercedes, em Espanha com a Pirelli, com Red Bull e Ferrari a protestarem.

Seguiu-se o Canadá, com Vettel a vencer, dominando toda a prova de forma categórica e os Mercedes a ficarem em 2º e 3º. Foi neste GP que Mark Robinson, comissário de corrida, faleceu.

Para acabar com a primeira metade da época veio Silvestone, onde Rosberg voltou a vencer. Mas o grande destaque da corrida foram os sucessivos rebentamentos dos pneus. Isto levou a que uma onda de protestos se levantasse e obrigasse a Pirelli a mudar os compostos dos pneus, por motivos de segurança. Foi o final das corridas animadas de 2013. A primeira metade teve de tudo um pouco, com polémica, boas corridas, boas ultrapassagens, em grande parte por causa dos pneus. Duravam pouco e obrigavam a inúmeras paragens na box. Mas as corridas eram muito mais animadas. Os sucessivos rebentamentos dos pneus, levaram à mudança, que tornou o resto da época mais enfadonha.

Destaques para Vettel, que esteve sempre nos lugares da frente, Raikkonen que lutava com as armas que tinha e ia brilhando ao mais alto nível, mostrando todo o seu talento e os Mercedes, que de “outsiders” passavam a contar para luta pelo titulo.

A Ferrari parecia uma promessa eternamente adiada e não conseguia mostrar o seu valor, a McLaren estava muito mal, tal como a Williams e a Sauber. Force India (excelente forma de Di Resta) fazia um campeonato muito bom, juntamente com a Toro Rosso (Ricciardo que vinha fazendo muito melhor que Vergne, conquistou assim a vaga na Red Bull).


2ª Metade.

A segunda metade da época trouxe ainda um GP da Hungria animado, cheio de acção, com Hamilton a vencer. Mas a partir daí, foi um domínio completo e absoluto da Red Bull.

9 vitórias seguidas são o espelho fiel do que aconteceu na 2ª metade. Pole para Vettel, que nas primeiras voltas da corrida conseguia dar 3 segundos de avanço, ficando longe do perigo do DRS, para partir daí ir cavando o fosso de forma gradual, até ter tempo de ir as boxes, voltar ainda em primeiro e vencer. Foi constantemente assim.

É redutor resumir a 2ª parte da época com isto, mas quem quiser mais pormenores, tem a lista de resumos das 19 provas ( corridas e qualificação). Foi um domínio avassalador da Red Bull. Desde a troca de compostos dos tão criticados pneus, que as corridas ficaram algo monótonas. O RB9 deste ano entrará para a história como um dos melhores de sempre, tal era a vantagem em relação aos outros.

Na luta pelos segundos lugares, a animação podia ter sido maior, mas vários factores "extra corrida" impediram isso de acontecer. Ainda assim, vários pilotos se destacaram. Hulkenberg  (a Sauber também evoluiu muito e esteve em excelente plano no final do ano) e Grosjean foram os grandes destaques da 2ª metade, com corridas brilhantes e excelentes resultados. Perez ainda deu um ar da sua graça, mas pouco para aquilo a que nos habituou.

A Force India baixou muito, tanto a nível de carro como de pilotos, já como o foco já estava claramente em 2014 (dificuldades financeiras a isso obrigaram) tal como a Toro Rosso, que eram as que mais beneficiavam dos compostos mais “macios” dos pneus. Essa vantagem esfumou-se e o resultado está à vista. As duas equipas caíram muito de produção.

Ainda assim houve acção fora das pistas, com Raikkonen a assinar pela Ferrari e passando a ter um tratamento pouco amigável por parte da equipa, o que levou à separação precoce do finlandês com a Lotus. Foi o ponto onde a Lotus perdeu a luta pela 2ª posição. Até o titulo pareceu uma possibilidade, a certo ponto, mas a realidade veio ao de cima e o 2º lugar seria o melhor posto. Mas a polémica Raikkonen, levou à saída do finlandês (entrada de Kovalainen para as 2 últimas corridas).

Massa também soube que não iria renovar com a Ferrari e arranjou como nova casa a Williams.

2013 fica também marcada pela saída de Webber da F1. O australiano fez história na modalidade e conseguiu conquistar muitos fãs pela sua honestidade e boa disposição. Não teve talento suficiente para suplantar Vettel mas deixou uma marca muito boa na F1. Será sempre relembrado.


Fica feita a primeira parte do Resumo do ano, com a análise dos pilotos e das equipas a seguirem-se em breve. Deixamos também a lista dos resumos das 19 provas do ano para quem quiser ver em mais pormenor as provas.


Lista dos resumos da prova:

Austrália


Malásia


China



Bahrain


Espanha


Mónaco


Canadá:


Grã Bretanha:



Alemanha:



Hungria:


Bélgica:


Itália:


Singapura:


Coreia do Sul:


Japão:


Índia:


Abu Dhabi:


EUA:


Brasil:



Fábio Mendes

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