sábado, 4 de outubro de 2014

F1 – GP do Japão. A Tempestade antes do Tufão.

foto: XPB images
Tem sido um fim de semana bem animado este em Suzuka. As sessões de treinos foram marcadas por muitos erros e saídas de pista que garantiram horas extras aos “chapeiros” das equipas da Mercedes, Red Bull e Caterham, com Hamilton, Ricciardo e Kobayashi a sentirem dificuldades em segurar o carro dentro dos limites de pista. 

Mas a grande noticia é a confirmação por parte de Horner que Vettel vai sair da Red Bull. Uma ligação de 15 anos que acabará no final deste ano, sendo que o chefe da Red Bull anunciou que seria a Ferrari o destino do alemão, deixando a Scuderia com as calças na mão sem confirmar nem desmentir. Uma noticia que irá fazer mudar completamente o xadrez da F1 uma vez que a Red Bull já escolheu Kvyat como substituto de Vettel.

No que diz respeito à qualificação, teve algumas grandes surpresas.

foto: XPB images
A Q1 teve como sempre o domínio da Mercedes, que foi sempre seguida de perto pelos Williams de Bottas e de Massa. Alonso mostrava bom ritmo tal como Magnussen e Hulkenberg. Mais abaixo, na luta por um lugar na Q2, deu-se a primeira reviravolta. Os Lotus estavam no fio da navalha mas ainda assim acima da linha de água, algo que mudou na ultima volta com Sutil e Gutierrez a garantir a passagem dos 2 Sauber à Q2. Grosejan queixou-se e com muita razão de falta de aderência do carro que é francamente muito difícil de conduzir. Logo abaixo dos Lotus aparecia… Ericsson. Ele que se estava a candidatar com todo o mérito a pior piloto do ano, resolveu dar continuidade à boa exibição de Singapura e fez melhor que o seu colega de equipa e que Bianchi. Ainda agora nos custa a acreditar.

De fora da Q1 ficavam os Marussia, os Caterham e os Lotus, com Maldonado a ser penalizado por uma troca de motor.

foto: XPB images
A Q2 viria a confirmar o andamento penoso dos Red Bull. O Red Bull devia estar muito acima ao nível da performance, devido às muitas curvas rápidas e em apoio, mas pelos vistos a falta de potência do motor obriga a retirar apoio aerodinâmico para evitar o arrasto consequente e como tal o carro torna-se mais difícil de gerir.  Os Mercedes não deram hipóteses mais uma vez, agora com Rosberg a fazer melhor que Hamilton. Os Williams confirmavam a candidatura aos melhores “não Mercedes” e de fora ficavam os Sauber, sem surpresa, os Force India que definitivamente não são carros para este tipo de traçado e os Toro Rosso com Vergne a ficar outra vez atrás do seu colega de equipa.

foto: XPB images
A Q3 começou como acabou, com um Rosberg a dominar por completo e com um Hamilton a não se dar bem com os ares japoneses. Depois da desistência em Singapura, o alemão deu um bigode a Hamilton com mais de 0.3seg de diferença. O carro de Hamilton tinha acabado de deixar a oficina e podia ter problemas de afinação, mas o próprio admitiu que Rosberg foi muito rápido. As posições foram geralmente as mesmas da Q2, com os Williams muito bem, num traçado que até nem os favorecia muito, mas com uma melhoria aerodinâmica que pelos vistos está a dar frutos. Alonso em 5º voltou a fazer muito com pouco, Ricciardo em 6º mostrou que a Red Bull não precisa de ficar alarmada com a saída de Vettel, que fez apenas 9º, logo acima do seu futuro colega de equipa, Kimi Raikkonen. 6º e 8º para a McLaren não é um mau resultado para a equipa de Woking.


Grid para amanhã:




Para amanhã espera-sea chegada do tão falado tufão que poderá comprometer a corrida. Foi proposto que a corrida fosse antecipada umas horas para evitar os ventos fortes mas a FIA recusou. Será que haverá condições para vermos uma corrida digna desse nome amanhã? 



Fábio Mendes

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