É hora de analisar o desempenho dos pilotos que ficaram no top 10. Grande destaque para os pilotos VW como é óbvio.
Foi dura e intensa a luta com J. M. Latvala, daquelas que prendem os olhos à tela do computador até a decisão final. É claro e bem evidente que estes dois são de um nível diferente, o que eleva ainda mais o mérito de Ogier, pois ele tem concorrência à altura e esta foi a prova disso mesmo. Caminha a passos certos para o segundo título, cheio de mérito pois este francês tem talento para dar e vender. Bater Latvala no braço quando este não vai “à vala”, não é o para todos, é só para Ogier. Nota máxima é claro.
A carreira deste grande piloto é feita de “se´s”, e desta vez “se” não fosse uma má escolha de pneus no troço mais longo da prova, com perda de 11´s para Ogier, poderíamos ter outro desfecho nesta prova. Claro está que tudo isso é teoria, mas na prática Latvala podia e tudo fez para levar de vencida o seu colega de equipa. Este Finlandês é bom, é muito bom, faz apaixonar multidões, faz nos gostar de rally, prendo-nos à televisão e os fãs à estrada. Bravo Jari, e leva nota máxima só pela forma como encarou esta prova após a desilusão na Alemanha.
Bom rally do piloto Norueguês, que lutava pela 3º posição com Meeke, até que este foi penalizado em 1 minuto, deixando o Mikkelsen bem tranquilo a gerir a sua 3ª posição, fechando assim um pódio todo ele Volkswaegn. Melhor que isto? Era muito difícil.
Chegou a liderar a prova no primeiro dia, no segundo já andava envolvido em luta com Mikkelsen pelo 3º lugar, até a já falada penalização. Acabou por terminar em 4º lugar, numa prova em que provou de novo ter lugar na próxima temporada na marca francesa.
Ainda deu um ar da sua graça no primeiro dia, mas foi sol de pouca dura. Os dias seguinte voltaram a colocar o piloto da Ford onde ele tem andado habitualmente. Em todo o caso, isto não parece apenas problemas de piloto. Estará este Fiesta no limite da sua evolução? 5º lugar final, e mais alguns pontinhos e melhor Ford em prova.
Bom rally do neozelandês, sendo sempre o mais rápido entre os pilotos da Hyundai, mostrando que merece a continuidade na sua aposta. Acaba em 6º lugar uma prova bem difícil, e com um carro ainda com muito para evoluir neste tipo de pisos.
E depois da bonança vem a tempestade. Simplesmente ao lado esta prova para o piloto belga, que nunca conseguiu tempos minimamente competitivos, e que deixou a desejar muito principalmente após a histórica vitória na Alemanha. 7º lugar final, uma valente saída de pista com danos no seu I20 WRC e muito trabalho pela frente se um dia quer ser campeão do mundo.
Discreto é o termo correto para a prova de E. Evans. Leva a nota positiva somente pela sua inexperiência nesta prova, e por ter terminado sem correr riscos desnecessários. Não era prova para Evens se mostrar, não abrilhantou, mas também não desiludiu. Este 8º lugar pode ser considerado um bom resultado.
É raro este momento por isso aproveitem bem amigos. Ver o polaco na analise do top 10 é uma raridade, mas aqui está ele. Bom rally de Kubica, sempre cauteloso, com um susto ainda que danificou o seu Ford Fiesta, mas que não impediu de continuar a prova e de a terminar num honroso 9º lugar. Ganhou pontos, consistência e experiência, apesar das dificuldades conhecidas Kubica desta vez levou a água a bom moinho. Muito bem Robert, é continuar assim, para bem de todos.
Este piloto simplesmente não existe. A correr em casa, perante o seu público, com a possibilidade de se mostrar na tentativa de dar de novo nas vistas para conseguir mais provas na próxima temporada, o australiano faz 10º lugar na geral final, a 9:30m do vencedor e agradeça ao Ostberg pelo abandono, pois sem isso, nem um ponto havia ganho. Lembram-se quando Armindo Araújo foi despedido da Mini? Foi este Atkinson substitui-lo…Mau demais.
Carlos Mota
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