terça-feira, 23 de setembro de 2014

Na primeira pessoa! Uma história de sucesso chamada “Volkswagen”.

Foto: Volswagen Motorsport
Sabemos nós, amantes dos desportos motorizados, que nesta área a perfeição não existe e não pode ser controlada. Vários factores podem de um momento para o outro “estragar” toda a preparação de uma prova, de uma temporada ou mais grave ainda, de um projecto. Vários são os exemplos ao longo dos anos de casos de equipas ou marcas, que por um ou outro motivo não chegaram ao topo, fracassando os seus projectos e com alguns delas a extinguirem-se sem deixar marca digna desse nome. E temos vários exemplos, desde a Seat com o modelo Cordoba WRC, ou mesmo o Accent WRC da Hyundai, mais recentemente a Mini, ou mesmo na Formula 1, com a Toyota já neste Século a arriscar naquilo que seria para ser de sucesso, que se evaporou sem deixar a sua marca.


Foto: Volkswagen Motorsport
Mas existe sempre casos diferentes, casos que roçam a perfeição, e é disso que hoje vos falo, da Volkswagen Motorsport, um caso de sucesso, de ascensão imediata ao topo do WRC.

Foi com pés e cabeça que a entrada da marca alemã foi construída ao longo destes últimos anos, sem pressa de entrar no mundial de ralis, mas com a certeza que o faria pela porta grande, tão grande como o enorme projecto que envolve o crescimento do Polo R WRC, que logo no seu ano de estreia venceu o titulo de pilotos e de construtores, não precisando de muito tempo para se perceber que o Polo era já um carro “crescido” no dia da primeira chamada, com o 2º lugar na sua estreia no Rally de Monte Carlo, com Ogier somente a ser batido pelo supersónico S. Loeb.

Foto: Volkswagen Motorsport
Por trás disso está muito trabalho, trabalho de mais um ano em desenvolvimento, em conhecimento de causa, em procurar sempre os melhores perto de si, não sendo à toa que o experiente Carlos Sainz foi um dos nomes envolvidos no crescimento deste projecto, da mesma maneira que também não foi à toa que S. Ogier aceitou “um ano sabático” correndo a temporada de 2012 de Skoda S2000 enquanto o Polo R WRC ia crescendo, ganhando forma em busca da perfeição.

Com outro jovem piloto de qualidade nas suas fileiras, A. Mikkelsen, a Volkswagen iria revolucionar ainda mais o mercado na “Silly season” desse mesmo ano, com a contratação surpresa de um dos nomes mais mediáticos de todo o pelotão do WRC, e um dos mais rápidos da actualidade. J. M. Latvala era mais uma cartada de Jost Capito, o homem forte da Volkswagen Motorsport, juntando-se assim a Ogier, formando assim uma dupla de respeito, algo que se confirmou desde início, cilindrando por completo toda a concorrência no “tal ano de estreia” da marca germânica. Foi o ano da glória com o titulo de Ogier, e o titulo de construtores, numa temporada onde somente dois pilotos “ousaram” bater o Polo R WRC. Obviamente que um só poderia ser mesmo Loeb em Citroen, vencendo em Monte Carlo e mais tarde na Argentina, mais tarde foi D. Sordo precisamente na casa da equipa Volkswagen, venceu na Alemanha aquela que foi a sua primeira vitória no WRC.

Foto: Volkswagen Motorsport
Na presente temporada é mais é mais do mesmo. O mesmo “line up” com o mesmo sentido de vitória. Ogier lidera o campeonato, já venceu 6 provas esta temporada, e J. M. Latvala soma já 3 “lugares mais altos do pódio” isto em 10 provas já disputadas, voltando a falhar de novo em casa a vitória, que este ano viria a sorrir á estreante Hyundai naquela que foi a primeira vitória de Neuville no Campeonato do Mundo de Ralis.

Isto em números dá algo de fantástico, pois em 23 ralis já disputados, a Volkswagen venceu qualquer coisa como 19, e para os adeptos das estatísticas, isto dá uma percentagem 82,60% de vitórias. Simplesmente dominante é o que se pode dizer deste dois anos de existência da Volkswagen nos ralis, faltando ainda 3 provas para o termos da temporada, e já com o titulo de construtores garantido, e o de pilotos muito bem encaminhado para Ogier, ainda pode melhorar este registo, e será o mais provável tendo em conta tudo o que foi dito anteriormente. 

A perfeição não existe, mas alguns desafiam os que duvidam da sua existência.

Na primeira pessoa…Carlos Mota.


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