segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Domingo dos portugueses passado em revista.

Por motivos profissionais não nos foi possível fazer o acompanhamento habitual das provas realizadas no domingo. Como tal passaremos brevemente em revista os acontecimentos das provas que acompanhamos habitualmente.


WSR.

Na World Series Renault, depois da desclassificação de Magnussen por irregularidades no DSR, o que permitiu a Félix da Costa ser o vencedor da 1ª corrida, o dia de hoje prometia um Magnussen ao ataque. Algo que se verificou. Fez a pole e venceu a corrida. Está assim muito perto de revalidar o titulo. Magnussen controlou sempre as operações e tal como na primeira corrida dominou por completo. Félix da Costa acabou mais uma vez no podio. desta vez em 3º. Pariu de 4º na grelha mas conseguiu subir uma posição e assim subir ao podio pela 3ª vez consecutiva. Está em forma o nosso Formiga.

Classificação:

1º Kevin Magnussen (DAMS) 25 voltas
2º Nico Müller (Draco) a 5,550s
3º António Félix da Costa (Arden) a 9,964s
4º Nigel Melker (Tech 1) a 14,129s
5º Marco Sorensen (Lotus) a 14,544s
6º Mikhail Aleshin (Tech 1) a 17,813s
7º Arthur Pic (AV Formula) a 23,004s
8º William Buller (Zeta Corse) a 23,827s
9º Norman Nato (DAMS) a 24,122s
10º Marlon Stöckinger (Lotus) a 29,962s



Declarações de Félix da Costa:

...“satisfeito e com sensação de dever cumprido por ter extraído todo o potencial do nosso carro este fim de semana e conquistado uma vitória e um 3º lugar. O Kevin Magnussen e a sua equipa estiveram um furo acima da concorrência este fim de semana e temos de analisar as razões. Estamos a uma ronda do final do campeonato e em conjunto com a Arden vamos continuar a trabalhar intensamente para em Barcelona estarmos em posição de lutar pela vitória e procurar fechar o ano com chave de ouro”.




DTM

Farfus venceu a penúltima corrida do ano, mas não foi suficiente para travar a coroação de Rockenfeller como novo campeão de DTM. Faremos uma analise mais cuidada a este titulo nos próximos dias. Albuquerque que esteve muito bem na qualificação fazendo 6º, não foi alem do 8º lugar, ainda assim um resultado positivo que permite acumular mais uns pontos.

Declarações de Albuquerque:

"O arranque correu bastante bem. Iniciei a corrida com os pneus mais macios e tentei de tudo para subir o maior número de posições possível. Mas a determinada altura estava bloqueado atrás de outros pilotos que não me permitiram extrair todo o potencial das borrachas. Tudo o resto correu bem. Mas este detalhe fez a diferença entre terminar nos cinco primeiros ou em oitavo".

"Foi duro, mas fizemos as nossas opções. E fiquei satisfeito por ter protagonizado excelentes momentos em pista. Dei tudo o que podia na corrida. Era muito importante para nós voltar a pontuar e fico satisfeito por isso".


Classificação:
1º Augusto Farfus (BMW) 44 voltas
2º Mike Rockenfeller (Audi) a 1,603s
3º Timo Scheider (Audi) a 2,149s
4º Mattias Ekström (Audi) a 3,383s
5º Marco Wittmann (BMW) a 3,652s
6º Adrien Tambay (Audi) a 3,834s
7º Joey Hand (BMW) a 4,444s
8º Filipe Albuquerque (Audi) a 5,060s
9º Gary Paffett (Mercedes) a 6,795s
10º Miguel Molina (Audi) a 7,023s



Moto3:

Miguel Oliveira fez 5º na prova de Aragão, mantendo assim o 6º lugar, num campeonato que tem corrido bem ao jovem luso que tem feito prestações regulares e solidas. Não há dúvidas que este jovem tem muita qualidade.



Declarações de Miguel Oliveira:

“Na parte final a superioridade da KTM venceu-me, mas saio satisfeito por consolidar um pouco mais a minha sexta posição no Campeonato, e por recuperar pontos para o quinto classificado”.


“Sabia que iria ser dura (a corrida) . Parti bem, mas ainda assim não foi possível alcançar os primeiros na primeira volta, o que me colocou a 3 segundos na primeira passagem na linha de meta. Numa pista com retas tão longas, a falta de aspiração não permite andar mais rápido e claro que se torna impossível alcançar o grupo quando rodamos com o mesmo tempo”.




GP de Aragão - Moto3
1. Alex Rins SPA Estrella Galicia 0,0 (KTM) 40m 4.214s 
2. Maverick Viñales SPA Team Calvo (KTM) 40m 4.640s 
3. Alex Márquez SPA Estrella Galicia 0,0 (KTM) 40m 16.591s 
4. Luis Salom SPA Red Bull KTM Ajo (KTM) 40m 20.630s 
5. Miguel Oliveira POR Mahindra Racing (Mahindra) 40m 20.710s 
6. Philipp Oettl GER Tec Interwetten Moto3 Racing (Kalex KTM) 40m 25.753s 
7. Jonas Folger GER Mapfre Aspar Team Moto3 (Kalex KTM) 40m 29.469s 
8. Romano Fenati ITA San Carlo Team Italia (FTR Honda) 40m 31.925s 
9. Arthur Sissis AUS Red Bull KTM Ajo (KTM) 40m 32.102s 
10. Efrén Vazquez SPA Mahindra Racing (Mahindra) 40m 33.191s





FIA GT Series:

A dupla Loeb/ Parente venceu a corrida principal da prova de Navarra. Os azares resolveram dar uma tregua permitindo assim um dominio total da prova. Fica claro que não é pela falta de qualidade dos pilotos que a equipa nao tem tido sucesso. Mas as constantes avarias e azares tem prejudicado e de que maneira a epoca de Loeb e Parente.


Declarações de Parente:

“Finalmente tivemos um fim de semana sem problemas e, como se pode perceber pelos resultados, demonstrámos que, sem azares, podemos lutar pelos primeiros lugares regularmente. Este é um desfecho muito importante para todos nós e chega num bom momento”.


Classificação:
1º Sébastien Loeb/Álvaro Parente (Loeb McLaren) 36 voltas
2º Andreas Zuber/Mike Parisy (Loeb McLaren) a 21,087s
3º Frank Stippler/Edward Sandström (WRT Audi) a 29,855s
4º Andreas Simonsen/Sergey Afanasiev (HTP Mercedes) a 33,742s
5º Niki Mayr-Melnhof/Oliver Jarvis (WRT Audi) a 40,601s
6º Steve Doherty/Wolfgang Reip (RJN Nissan) a 41,760s
7º Alon Day/Stef Dusseldorp (HTP Mercedes) a 50,599s
8º Sérgio Jimenez/Átila Abreu (Team Brasil BMW) a 52,220s
9º César Campaniço/Michael Ammermüller (Novadriver Audi) a 1m03,264s
10º Gerhard Tweraser/Hari Proczyk (GRT Lamborghini) a 1m12,547s
16º Patrick Cunha/Matheus Stumpf (Rodrive Lamborghini) a 7 voltas



Fonte:

autosport.pt

Fábio Mendes

sábado, 28 de setembro de 2013

DTM- Zandvoort: Qualificação. Marco Wittmann na pole e Albuquerque outra vez a dar nas vistas em 6º

Uma surpreendente pole para Marco Wittman da BMW em Zandvoort. O piloto alemão de 23 anos, foi melhor que toda a concorrência. Em 2º lugar ficou Farfus (BMW) a menos de 0.1 seg. O brasileiro que já disse que não tem nada a perder e que irá atacar na corrida ficou à frente de Rockenfeller (Audi), o primeiro classificado do campeonato. Assim sendo Rockenfeller vê a vida complicada pois o seu opositor directo está na sua frente. Farfus tem estado muito bem e pode adiar a festa do titulo para Rockenfeller. Quem sabe se ele poderá ter hipóteses de festejar.

Está ao rubro o DTM! Farfus precisa de ganhar 8 pontos a Rockenfeller para manter a luta pelo titulo ainda viva está em boa posição para tentar isso mesmo. Já Rockenfeller embora visivelmente preocupado, tem ainda tudo para fazer a festa. Terá de aguentar a pressão e continuar a ser regular como até agora.

Já Filipe Albuquerque parece ter deixado definitivamente o azar para trás, com mais uma boa qualificação. 6º lugar abre boas perspectivas para a prova.

Declarações de Albuquerque:

"Não estava confiante. Havia pequenos detalhes que nos treinos não estavam bem. E neste Campeonato os detalhes fazem toda a diferença. Mas, a equipa fez um excelente trabalho e os devidos ajustes e voltei a ter um carro muito competitivo. Dei o tudo por tudo. Na qualificação 3, arrisquei tudo e a minha volta não correu tão bem. Foi uma pena, mas o nível está tão alto e num circuito exigente como este, se não arriscasse teria sido pior"


"Neste reta final do Campeonato, todos os pilotos da Audi estão focados em ajudar o Rockenfeller a ser campeão. Mas em termos pessoais, o meu objetivo é voltar a pontuar mas se estiver em posição de lutar pelo pódio, não vou baixar os braços. Quero acabar a época da melhor forma possível"

Resultado da qualificação:

Pos Driver              Car              Time        Gap
 1. Marco Wittmann      MTEK BMW         1m30.894s
 2. Augusto Farfus      RBM BMW          1m30.979s  +0.085s
 3. Mike Rockenfeller   Phoenix Audi     1m31.325s  +0.431s
 4. Timo Scheider       Abt Audi         1m32.524s  +1.630s
 5. Joey Hand           RBM BMW          1m31.439s  +0.545s
 6. Filipe Albuquerque  Rosberg Audi     1m31.443s  +0.549s
 7. Edoardo Mortara     Rosberg Audi     1m31.460s  +0.566s
 8. Timo Glock          MTEK BMW         1m31.614s  +0.720s
 9. Adrien Tambay       Abt Audi         1m31.621s  +0.727s
10. Miguel Molina       Phoenix Audi     1m32.106s  +1.212s
11. Mattias Ekstrom     Abt Audi         1m31.382s  +0.488s
12. Gary Paffett        HWA Mercedes     1m31.414s  +0.520s
13. Dirk Werner         Schnitzer BMW    1m31.442s  +0.548s
14. Pascal Wehrlein     Mucke Mercedes   1m31.445s  +0.551s
15. Andy Priaulx        RMG BMW          1m31.539s  +0.645s
16. Bruno Spengler      Schnitzer BMW    1m31.546s  +0.652s *
17. Christian Vietoris  HWA Mercedes     1m32.055s  +1.161s
18. Jamie Green         Abt Audi         1m32.067s  +1.173s
19. Martin Tomczyk      RMG BMW          1m32.088s  +1.194s
20. Daniel Juncadella   Mucke Mercedes   1m32.145s  +1.251s
21. Robert Wickens      HWA Mercedes     1m32.241s  +1.347s
22. Roberto Merhi       HWA Mercedes     1m32.357s  +1.463s

* Will drop two places after penalty. 

Fontes:
autosport.com
autosport.pt

Fábio Mendes

WSR - Magnussen vence em Paul Ricard com Félix da Costa em 2º.

A 1ª corrida do fim de semana do WSR teve um Magnussen dominante e a afirmar de forma clara que a F1 é o seu lugar. O seu domínio foi completo, com pole à frente de Vandoorne e Félix da Costa.

Na corrida o dinamarquês ainda sofreu, pois Félix da Costa teve um arranque esmagador. O português beneficiou do erro de Muller que deixou ir o carro abaixo na volta de instalação, caindo para o final da grelha. Sem ter de se defender, o nosso Formiga arrancou de forma brilhante, passando por Vandoorne e atacando Magnussen. A primeira volta ainda fez sonhar que a luta poderia trazer frutos para o português, mas Magnussen começou a cavar o fosso para da Costa e pouco tempo depois ficou fora da zona de acção do jovem da Red Bull Junior Team.

A partir dai foi uma corrida de gestão com Magnussen a aumentar a vantagem, Félix da Costa, percebendo que não teria andamento para Magnussen começou a gerir o segundo lugar, ele que precisa de mostrar andamento mas também inteligência. Foi o que fez, não arriscando quando não tinha nada a ganhar com isso. Vandoorne não teve andamento para os 2 da frente e ficou a ver da 3ª posição a actuação dos 2 primeiros.

Mais atrás houve muita acção com muitas ultrapassagens. Destaque para Sainz Junior que mostrou qualidade numa das melhores ultrapassagens do dia mas foi obrigado a desistir. Negrão também teve uma corrida muito sólida.

Muller que teve der largar da ultima posição por culpa própria conseguiu chegar ao 11º lugar.

Para amanhã espera-se mais uma luta a 3 com Magnussen a poder sagrar-se campeão, Vandoorne a tentar evitar isso e ainda com uma muito remota hipótese de ser ele próprio campeão e Félix da Costa a mostrar aos chefes da Red Bull que o seu lugar é também na F1.

 Veremos se amanha Magnussen festeja o seu titulo ou se terá de esperar. Esperemos que seja a Portuguesa a tocar no final da corrida.

Classificação final:

Pos Driver                   Tea                   Time/Gap
 1. Kevin Magnussen          DAMS                 47ms09.036s
 2. Antonio F. da Costa      Arden Caterham         +3.864s
 3. Stoffel Vandoorne        Fortec                 +5.796s
 4. Andre Negrao             Draco                  +8.434s
 5. Marco Sorensen           Lotus                  +9.817s
 6. Will Stevens             P1 by Strakka          +11.635s
 7. Arthur Pic               AV Formula             +28.044s
 8. Nikolay Martsenko        Pons                   +29.183s
 9. William Buller           Zeta Corse             +32.652s
10. Daniil Move              Comtec                 +33.242s
11. Nico Muller              Draco                  +33.668s
12. Pietro Fantin            Arden Caterham         +35.445s
13. Zoel Amberg              Pons                   +35.908s
14. Oliver Webb              Fortec                 +48.245s
15. Jazeman Jaafar           Carlin                 +56.204s
16. Marlon Stockinger        Lotus                  +1m08.168s
17. Carlos Sainz Jr.         Zeta Corse             +1 lap
18. Mikhail Aleshin          Tech 1                 +1 lap
19. Norman Nato              DAMS                   +1 lap

Retirements:

    Yann Cunha               AV Formula             20 laps
    Matias Laine             P1 by Strakka          20 laps
    Nigel Melker             Tech 1                 5  laps
    Carlos Huertas           Carlin                 5  laps
    Christopher Zanella      ISR                    2  laps
    Lucas Foresti            Comtec                 0  laps


Nota final: A qualidade de Magnussen, Félix da Costa, Vandoorne e até Sainz Jr deixam muita água na boca e esta qualidade não pode ficar fora da F1. Magnussen e Vandoorne (são da McLaren)  podem fazer história. O nosso Formiga tem de lutar contra as vozes que preferem Sainz mas a qualidade que tem é mais que suficiente para contrariar essas vozes.


Fontes
autosport.com


Fábio Mendes

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Horários para 28 e 29 de Setembro

Fim de semana com muita acção nos desportos motorizados, com grande destaque para o WSR onde o nosso António Felix da Costa irá continuar a provar o seu valor e lutar por um lugar na F1, o DTM que está ao rubro com a luta pelo titulo mundial ( não esquecendo Filipe Albuquerque que tem vindo a crescer nas ultimas corridas) e o Moto GP, e obviamente o campeonato de Moto 3 onde Miguel Oliveira tem brilhado também. Confira aqui os horários.
Sábado, 28 de Setembro


WSR – Paul Ricard

12.15h – Corrida 1

Moto GP – Aragão

8.00h – Treinos livres Moto 3
8.55h - Treinos Livres Moto GP
9.55h – Treinos livres Moto 2
11.35h – Qualificação Moto 3
12.30h – Treinos livres Moto GP
13.10h – Qualificação Moto GP
14.05h – Qualificação Moto 2

Superbikes – Laguna Seca

17h – Treinos Livres
19h – Qualificação
22h – Corrida 1
 
DTM – Zandvoort

8.05h – Treinos livres
13.40h – Qualificação






Domingo, 29 de Setembro
 
WSR – Paul Ricard

14.15h – Corrida 2

Moto GP – Aragão

7.40h – Warm Up Moto 3
8.10h – Warm Up Moto 2
8.40h – Warm Up Moto GP
10h - Corrida Moto 3
11.20h – Corrida Moto 2
13h – Corrida Moto GP
 
Superbikes – Laguna Seca

19.50h – Warm Up
22h – Corrida 2

DTM – Zandvoort
12.33h - Corrida



Pedro Mendes


Richard Burns.

Hoje vou falar de Richard Burns. Tentarei pesar bem o que vou escrever pois recordar este tremendo piloto torna as emoções vivas e trás as lágrimas aos olhos. Foi sem dúvida um dos pilotos que me fez apaixonar por rally´s, e que me enche de saudades dos tempos em que ele fazia magia ao volante de todos os carros que pelas suas mãos passaram. Tu Burns, eras simplesmente fantástico.

Quanto a mim, Richard Burns foi um dos melhores e mais completos pilotos que a história dos rally´s viu. Burns unia irreverencia à calma, rapidez à espectacularidade. Do rosto fechado em prova ao sorriso fácil para todos os que o abordavam. Burns, deixou-nos em 2005 com apenas 34 anos, após ter sido detectado um tumor cerebral em 2002, infelizmente Richard perdeu esta etapa.

Richard Burns nasceu em Reading, arredores de Londres, em 1971.Seguindo a tradição inglesa, o jovem Burns também era um apaixonado pelos rally´s, e aos 15 anos de idade tirou a licença de piloto, num curso de pilotagem no Pais de Gales. As primeiras provas foram ao volante de um Talbot Sunbeam, mostrando desde então grande aptidão para a arte de pilotar um carro de rally, despertando a atenção de um empresário e antigo piloto, David Williams.

Williams encantado com as qualidades de Burns, financiou a sua participação no Peugeot Challange , ao volante do 205 GTI. O jovem Britânico bateu tudo e todos, vencendo nesse mesmo ano, repetindo a façanha no ano seguinte. Estreou-se numa prova do mundial de rally´s em 1993, no Rally RAC, ao volante de um Peugeot 309 GTI. Antes disso, disputou em 1991 e 1992 o campeonato Britânico, pela Peugeot, despertando o interesse do patrão da Subaru, David Richards que em 1993 lhe concedeu um Lagacy, onde se sagrou campeão Britânico e ao mesmo tempo conseguiu ser o 3º piloto da marca nipónica, ao lado dos gigantes McRae e Carlos Sainz. 

Em 1994, tem um programa completo no Campeonato Asia-Pacifico, essencial para o crescimento da marca Asiática, conciliando com um programa parcial no mundial de ralis na equipa oficial.

Em 1996, após despertar o interesse de muitas marcas, Burns assina contrato com a Mitsubishi, fazendo equipa com o finlandês, Tommy Makinen. E foi na marca Japonesa que Bunrs conquista a sua primeira vitória numa prova do mundial de rally´s, na Nova Zelândia ao volante do Carisma GT. Voltando ainda a ganhar provas do mundial em 1998 no Quénia e em casa, na Grã-Bretanha, antes de voltar para a Subaru. 

Em 1999 David Richards, patrão da Subaru, volta a resgatar o piloto para as suas fileiras, e nesse mesmo ano, Burns sagra-se vice-campeão do mundo de rally´s, repetindo a posição no ano seguinte, embora com um amargo na boca nas duas ocasiões, pois o piloto britânico venceu 14 provas nesses dois anos, 7 em cada época. Mas a pouca fiabilidade do seu Subaru Impreza, fizeram-no perder pontos importantes, que não permitiram a vitória no mundial.

Mas em 2001, essa vitória não fugiria a Burns. Sagrou-se pela primeira vez campeão do mundo, vencendo apenas um rally (Nova Zelândia), que seria infelizmente a sua última vitória.

Em 2002 assina com a Peugeot um contrato milionário, que obrigou a marca francesa a pagar uma quantia astronómica à Subaru pelos seus direitos. Mas as coisas não foram fáceis para Burns, pois o 206 WRC era um carro totalmente diferente de tudo que tinha conduzido até então. A primeira época consegue quatro segundos lugares, e o quinto lugar no mundial de pilotos. Na época de 2003, as coisas melhoraram para Burns, chegando a última prova da temporada, o RAC em boas condições para conquistar o seu segundo título mundial de pilotos, pois já havia ganho esta mesma prova em 1998, 1999 e 2000. Na mesma semana voltou a assinar contrato com a Subaru, a sua marca do coração, que prometia dar muita animação a época seguinte, pois também contava com o recém campeão Petter Solberg. Contudo Burns, não voltaria a sentar-se ao volante do mítico Impreza. 

Na viagem para o local do rally RAC, Burns, acompanhado pelo seu amigo, também piloto, o estónio Markko Martin, desmaia ao volante da sua viatura, sendo levado para as urgências de imediato, sendo logo proibido de participar no Rally que o podia consagrar de novo como campeão do mundo.

Foi-lhe diagnosticado um tumor no cérebro. Richard Burns lutou durante 2 anos na mais dura “especial” da sua vida, submetendo-se a quimioterapia e radioterapia. Burns, perdeu esta etapa, a 25 de Novembro de 2005 num hospital em Londres, no mesmo dia em que se sagrara campeão do mundo 4 anos antes…

O mundo dos ralis não estava preparado para esta notícia. Eu acabava de perder um dos meus grandes ídolos de sempre, um grande mentor para todos que amam esta modalidade. Alguém que me fez vibrar, apaixonar pelo rally, que me fez acreditar que é possível chegar aos nossos limites, com um sorriso na cara. Um vencedor, um campeão nato, que nasceu e viveu apenas para isto, para ser campeão…

Richard Burns passou e deixou a sua marca em Portugal também, vencendo o nosso Rally em 2000. Lameirinha, Arganil, Portugal, o mundo e desculpem-me o egoísmo, eu próprio, nunca vamos esquecer tudo o que este grande piloto e grande ser humano nos ensinou, que apesar de à distancia de uma “tela” me era tão próximo e tão familiar.
Obrigado Richard, pelas memórias e por tudo que me ensinaste, a mim e ao mundo.





Tributo do Top Gear:

Carlos Mota

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pit Lane: A silly season ainda não vai a meio.

O futuro de muitos pilotos no paddock da F1 parece estar ainda por definir e muita coisa poderá mudar.

Este fim-de-semana tivemos a futura dupla da Ferrari a brilhar ao mais alto nível. Alonso e Raikkonen são sem duvida o “dream team” de qualquer equipa. Mas muita coisa há para clarificar. Boatos correram que Alonso exigiu ficar como nº1 da equipa e que teria prioridade na estratégia. Se por um lado é lógico pois é o piloto que se mantém há mais tempo na equipa é preciso ver que do outro lado está Kimi, que tem uma legião de fãs por todo o mundo, campeão do mundo e um talento enorme. Além disso Kimi não mudaria para a Ferrari para não ter o mesmo tratamento de Alonso. O finlandês quer voltar a ser campeão e como tal deverá querer o tratamento semelhante ao do seu companheiro de equipa. Se não tivesse certeza que teria as mesmas hipóteses provavelmente teria optado por ficar na Lotus, onde era incontestavelmente o nº1 ou então teriam sempre a hipótese McLaren. Será muito interessante ver como convivem os dois pilotos na mesma equipa.

Já agora mais boatos. Diz-se que Kimi poderá não correr na Coreia devido ao problema que tem nas costas. A duvida é se o problema é mesmo real ou se ter assinado com a Ferrari e ter se queixado da falta de pagamento estará a minar o ambiente no seio da equipa.


A McLaren tem neste momento uma dupla de pilotos muito interessante. Button, mais experiente (o mais experiente do grande circo), inteligente, fácil no trato e ainda em forma. Perez, um jovem com muito potencial, aguerrido, no típico estilo latino, onde vale mais quebrar que torcer. Os resultados deste ano não tem sido nada positivos. Mas Button e Perez (mais o britânico) têm tentado sobreviver com o material que lhes tem sido fornecido. O carro é fraco e não permite grandes veleidades. Os rumores que correm que a McLaren anda à procura de um piloto são algo injustas para ambos. Quanto a nós merece ter mais uma oportunidade e mostrar o que realmente valem. Pelo menos nesta primeira fase de mudança. A McLaren irá mudar de motores e então ai poderá ponderar mudar de pilotos. Button talvez se queira retirar. Há um muito talentoso Magnussen na WSR pronto para dar o salto. Há ainda Vandoorne, um jovem talento que começa agora a mostrar-se na WSR. Uma coisa é certa. O futuro da McLaren parece estar garantido. 


A Lotus por seu lado ficou com um problema complicado de resolver. A equipa vem em crescendo ao longo dos anos e a entrada de Kimi permitiu um aumento de visibilidade e de fãs. O marketing da equipa é fenomenal e já são bem conhecidas as tiradas brilhantes no Twiter. Acontece que sem Kimi a equipa pode perder alguma chama. Para alem da perda óbvia de um piloto de top, perde também um piloto com uma personalidade forte, que se gosta ou se odeia mas que dá que falar. E isso para publicidade é um factor decisivo. Fala-se que a equipa pode ir resgatar Massa ( o prórpio Massa já o admitiu). Embora bom piloto ( já mostrou bem mais do que tem mostrado) não tem a capacidade nem a presença de Kimi. Há ainda Hulkenberg que é o eterno candidato a um lugar numa equipa grande e que nunca conseguiu tal coisa. A verdade é que o alemão não pode ficar a desperdiçar o seu talento na Sauber. Hulkenberg e Grosjean seria uma dupla jovem e com muito potencial. Mas se calhar demasiada juventude junta pode prejudicar o processo de crescimento da equipa. A minha escolha seria Hulkenberg. Arriscando mas sabendo que a margem de progressão de Nico é muito grande. Mas usar a experiência e o conhecimento de Massa poderá ser também muito importante. Martin Burndle disse que Nulkenberg na Lotus não seria bom para ele, e que a mudar que seja para uma equipa grande. Mas se não abrirem vagas nas equipas de top e se a Lotus lhe oferecer o lugar a meu ver deve agarrar a oportunidade. Ele próprio já disse que não se importa de correr sem receber desde que lute por vitórias.

Massa está fora da Ferrari e se calhar foi o melhor que lhe aconteceu. O brasileiro, que já lutou por títulos, num passado não tão distante como possa parecer, tem ainda algo a dar a modalidade. A sua experiência e conhecimento seria uma adição muito importante para uma equipa ambiciosa. Neste momento apenas a Lotus lhe poderá dar um carro com capacidade de lutar por vitorias. Mas a Force India está a crescer. A Williams precisa de um novo fôlego. O leque de escolhas do piloto brasileiro não é tão restrito quanto isso. E o desafio de fazer crescer uma equipa pode até ser mais aliciante. Uma coisa é certa. Massa ainda pode fazer 2 anos na F1 em bom nível. E esta saída poderá espicaçar o brasileiro. O desafio poderá levar a que se supere.


A Williams por seu lado tem de dar o salto. A F1 precisa de uma Williams forte e a equipa pode aproveitar a época confusa de mudanças para subir de novo. Rumores correm que Ross Brawn poderá largar a Mercedes e juntar-se a Sir Frank Williams. Para além disso há muitos pontos de interrogação sobre os pilotos. Maldonado não é grande piloto mas tem dinheiro. Bottas tem talento mas quer mais. Massa está no mercado, e há Petrov que tem o dinheiro da Rússia. Nasr também já mostrou que tem dinheiro para entrar na F1. Será muito interessante ver como se vai movimentar a Williams.

Da Toro Rosso já falamos. Ricciardo saiu e fechou a dupla para a Red Bull e o lugar vago parece ser de Félix da Costa. Mas vozes no paddock começam a fazer se ouvir contra o português. Os resultados deste ano não tem sido condizentes com o seu estatuto e muitos começam a fazer força para que Sainz júnior assuma o lugar. O nome Sainz tem muito peso no automobilismo. Mas o jovem espanhol não tem ainda a rodagem para assumir um F1. Seria um erro. Há ainda Nasr que tem dinheiro mas que já foi negado por Tost, chefe de equipa. A nosso ver e tentando ser imparciais, não faria sentido que fosse outro piloto sem ser Félix da Costa. Piloto mais experiente da Junior Team, tem potencial e merece uma oportunidade pelo seu trabalho e humildade. Se vencer as últimas duas etapas do WSR terá o lugar garantido. Caso contrario as vozes que se levantam contra o português poderão levar a melhor.

A Force India está a tentar dar o passo em frente mas Di Resta está com vontade de mudar de ares. Di Resta tem talento mas o carro e as estratégias da equipa tem prejudicado o britânico. Mas se não for para mudar para uma equipa grande mais vale ficar onde está. Já Sutil não tem comprometido este ano mas poderá dar lugar a um piloto pagante. Mas a Force India tem de ter cuidado pois os pagantes não costumam ser muito talentosos. E esta fase é importante para se afirmarem na F1. A meu ver deveria manter Di Resta e este deveria esperar por uma oportunidade mais a serio numa equipa de top e não sair por sair.

Marussia com as dificuldades que tem para se financiar deverá recorrer a pilotos pagantes também. Chilton é o caso e pode se manter por lá. Bianchi é bom e é o protegido da Ferrari. O salto para uma equipa de meio da tabela seria benéfico mas se ficasse mais um ano na Marussia como o próprio ja disse também não seria assim tão mau.. Há ainda o caso de Magnussen, o jovem da McLaren que tem brilhado no WSR e que será uma estrela no futuro, que já foi associado à equipa. Seria um bom lugar para crescer e se preparar para suceder a Button.

Sauber já confirmou Sirtokin, que terá o seu assento pago por dinheiro da Rússia. Falta o seu companheiro. Hulkenberg está de saída e Gutierrez embora tenha dinheiro não mostrou o suficiente para ficar na F1.  Um equipa com Gutierrez e Sirtokin pode sair muito caro a Peter Sauber. Massa poderá recorrer à Sauber em ultimo recurso. Temos pena de  não ver Frijns que é 3º piloto da equipa a competir na F1.


Caterham por enquanto tem Pic que devem manter e Van der Garde que embora pagante tem se mostrado num nível muito aceitável poderá manter se na equipa. É uma injustiça Kovaleinen não estar pilotar.

Do lado da Mercedes está tudo tratado e cuidado com eles para o ano que vem.


Muitas indefinições que permitirão um final de época com muitas noticias e muitas novidades. 


Fábio Mendes

G.P. de Singapura: Destaques


Red Bull: 
Perfeito. Perfeito o carro, perfeito Vettel. Tudo correu bem. O carro esteve impecável e o próprio Vettel admitiu isso. Domínio de inicio ao fim e uma vitória mais que merecida. Uma vez mais a volta mais rápida para Vettel. Teve direito a assobios no pódio mais uma vez mas com certeza não se importará muito. O titulo está perto. Webber podia ter chegado ao pódio mas o azar não o permitiu mais uma vez. O seu ritmo nas últimas voltas foi espantoso. Vai apanhar uma penalização por ter apanhado boleia de Alonso (o vídeo está na nossa pagina de Facebook) e aceita-se a decisão dos comissários, pois a brincadeira podia ter corrido mal. Não há quem faça frente aos Bull´s. Tudo sai bem. Estratégias, pit stops, ritmos. Tudo sorri a Vettel, Newey e Horner.

Ferrari:
Quando se ouve que há possibilidade de Alonso sair da Scuderia e se vê uma exibição como esta, é caso para dizer que a Ferrari deve segurar o homem custe o que custar. Com uma máquina inferior, conseguiu chegar a 2º. Este espanhol é enorme e já merecia mais um campeonato em seu nome. A largada é brilhante e graças a isso conseguiu um lugar no pódio. A gestão que fez do ritmo e dos pneus foi fantástica. A estratégia da Ferrari acertou em cheio. Nunca poderiam ir atrás de Vetttel mas este 2º lugar sabe a vitória. Massa disse que ia lutar mais por si mas, infelizmente, não fez mais do que ser um bom 2º piloto. Deve assumir se mais. Ainda assim boa corrida do brasileiro que acabou numa boa posição. Mas se quiser mostrar que ainda tem lugar na F1 tem de mostrar mais.

Lotus:
Kimi Raikkonen é impressionante! É de uma qualidade enorme. O homem é simplesmente brilhante. Sair de 13º, depois de ter lutado contra uma dor de costas na qualificação e ter corrido nas mesmas condições, fazer as ultrapassagens que fez, gerir a corrida como geriu. Não há adjectivos. Foi enorme o Iceman. Nunca ninguém pensou que teria hipóteses de chegar sequer ao top5. Mas Kimi é assim. A Ferrari acabou de contratar um piloto de enorme categoria que, a par de Alonso, se cotam como os melhores do paddock neste momento. Grosjean podia ele também ter lutado com outras armas pelo pódio mas o carro teve problemas e uma paragem demasiado longa deitou tudo por terra. Foi obrigado a desistir poucas voltas depois. Merecia mais o francês. Esteve sempre bem na corrida embora nunca deslumbrando. Ainda pode mostrar mais. Tem talento para isso. A Lotus e neste caso Grosjean recebeu uma reprimenda por causa do pit stop em que um dos mecânicos estava sem capacete e não cumprindo o regulamento que diz que todos os mecânicos devem ter protecção para a cabeça-

Mercedes:
Tiveram o pássaro na mão mas deixaram fugir mais esta oportunidade. Rosberg ainda animou as hostes na primeira curva, mas não teve arte nem carro para seguir Vettel. No jogo das boxes foi ultrapassado por Alonso e Raikkonen. Hamilton por seu lado foi uma sombra do que pode ser. Queixando se sempre do carro, acabou em 5º mas não fez por merecer mais. O desafio neste momento é crescer para que o próximo ano seja mais risonho. Tendo em conta o que se esperava no inicio da época e o que fizeram  até agora, a Merecedes tem razoes para sorrir. Mas vendo do que são capazes agora é caso para ficar algo desapontado. Ainda assim não foi um mau fim de semana.

McLaren:
Tão perto e tão longe. Dissemos que se houvesse "safety car" que Button teria uma palavra a dizer. E JB esteve na luta pelo 3ºlugar. A McLaren tinha de arriscar. E fez precisamente isso. Deixou os carros em pista com apenas 2 paragens e esperaram para ver como se aguentavam os pneus. Mas a aposta não resultou. Os pneus caíram rapidamente em aderência e a performance de Button e Checo ressentiu-se e de que maneira. De 3º e 4º passaram para 7º e 8º. Deve ter sido duro tentar defender-se sem armas, mas os dois pilotos deram boa conta de si e podem estar contentes com o que fizeram. Button sempre no seu timbre cauteloso e pensado, Checo mais com o coração na boca a tentar ultrapassar (como tanto gostamos). Gostaríamos de ver estes dois para o ano na McLaren com um carro condizente com o nome e a historia da equipa. Se assim for podem dar muitas alegrias.

Sauber:
Gutierrez não capitalizou a boa prestação da qualificação e deixou se afundar na tabela. Acabou em 12º mas podia ter feito mais. Fica a duvida se o mexicano não consegue mais ou se sente demasiado a pressão. Mas até agora o registo é negativo. Já Hulkenberg fez mais uma prova solida. Saiu bem na largada e lutou como pôde com o carro que tinha e com o seu talento. Não foi brilhante como em Monza mas as condições também não o permitiam. Ainda assim 9º é bom para o alemão. Para quando o anuncio da assinatura numa equipa de topo?

Force India:
Di Resta começou bem e deu nas vistas no inicio da prova. Chegou ao top 10 com relativa facilidade e notava-se que pilotava para mostrar que “ainda está vivo” e que podem contar com ele para outros voos. Mas borrou a pintura numa travagem falhada o que o atirou para fora de prova. Podia ter sido um dos homens do dia. Mas registamos o seu esforço em mostrar serviço e a forma como se deu a corrida. É bom este britânico. Sutil marcou um ponto acabando em 10º e mostrando que pode ser útil à equipa. Mas passou bem discreto pela Marina Bay.

Toro Rosso:
Ricciardo fez o que não fazia há muito. Errou de forma grave e pagou caro. Travagem falhada quando seguia sozinho e desistência de prova. Ele que até não estava mal na corrida, embora não se esperasse muito por parte dos Toro Rosso. Mas fica mal a um futuro Red Bull fazer um erro destes. Mas o tempo de errar é agora. Não é por causa disso que perdeu talento ou valor. Já Vergne não se fez notar. 14º é manifestamente pouco para o que pode fazer. Teima em não mostrar mais.

Williams:
Maldonado em 11º e Bottas em 13º. Não gostamos de Maldonado mas a verdade é que o venezuelano tem andado sempre perto dos pontos. Já Bottas não se deu bem e ficou-se pelo 13º lugar ainda assim à frente do Toro Rosso.



Caterham/Marussia:
Van der Garde mais uma vez a mostrar algum valor. Conseguiu acabar à frente de toda a gente deste campeonato. Pic em ultimo borrou a pintura para a Caterham. Van der Garde está em crescendo de forma e continua a surpreender-nos. Se calhar o holandês não é tão mau quanto o pintávamos. Do lado da Marussia Chilton conseguiu ficar em frente de Bianchi que teve problemas com o seu volante ( as passagens de caixa tornaram-se difíceis para o francês). Não é todos os dias que o britânico fica a frente do seu companheiro de equipa. Mas Bianchi está noutra liga comparado com Chilton.

Próxima corrida dia 6 de Outubro na Coreia.


Fábio Mendes

CPR: Rally de Mortágua

Foi com sotaque açoriano que foi festejada a vitória do Rally de Mortágua. Ricardo Moura venceu a penúltima prova do campeonato português de rallys, que poderia desde já coroar Bernardo Sousa como campeão. Tal não aconteceu, apesar de o piloto madeirense ter ganho já vantagem no dia ontem na curta especial citadina.

O segundo dia de prova, contava com 6 especiais cronometradas, onde muito se jogava, inclusive o título que poderia desde já ficar entregue neste rally.

Mas logo na primeira PEC do dia, Bernardo Sousa, teve uma violenta saída de estrada, danificando muito o seu Peugeot. O piloto madeirense e o seu navegador Hugo Magalhães foram ainda transportados para o hospital, por precaução, onde não foi registado nenhum problema físico com ambos.

Da para a frente, o rally foi dominado por completo por Ricardo Moura, o piloto açoriano venceu 5 das 6 especiais do dia, chegando a vitória de forma clara, deixando assim tudo em aberto quanto ao novo campeão nacional, para a última prova, o Rally do Algarve.

Na segunda posição, e tal como prevíamos tivemos o sempre rápido Adruzilo Lopes, que ao volante do menos competitivo Subaru Impreza WRX, bateu P. Meireles na luta pela segundo posto.
João Barros foi 4º na geral e o melhor em CPR2, Bruno Magalhães, que regressou ao nacional ao volante de 208R2, fechou o top 5.



Dia 9 de Novembro decide-se o campeonato nacional, no Rally do Algarve. Ricardo Moura passou para a liderança remetendo B. Sousa para a segunda posição.

R. Moura-91pts
B. Sousa-83pts
P. Meireles-71pts


Classificações finais do Rally de Mortágua:





Video do resumo da prova:




Videos e fotos retiradas da pagina do Facebook Doidos por Rallyhttps://www.facebook.com/doidosporrally?fref=ts


Carlos Mota

domingo, 22 de setembro de 2013

G.P. Singapura. Vettel vence e prestações heróicas de Alonso e Raikkonen. Final de corrida electrizante.

Vettel dominou como quis a corrida sem problemas e venceu incontestavelmente. Alonso conseguiu acabar em 2º com um Ferrari complicado de conduzir e Raikkonen fez uma corrida magnifica com dores nas costas e acaba em 3º depois de começar em 13º. Que corrida do espanhol e do finlandês! Azarado Webber desiste depois de grande espectáculo.




Toda a gente esperava que Vettel dominasse a corrida e que a Red Bull marcasse pontos importantes para a conquista do titulo pois Alonso, Kimi e Hamiton estava longe. Mas quem assistiu até ao fim à corrida viu um dos melhores finais deste ano. Não que Vettel estivesse em perigo. O alemão fez a sua própria corrida a um ritmo que mais ninguém conseguiu acompanhar. Mas a luta a partir do 2º lugar foi excelente e trouxe muitas surpresas.

A preocupação no inicio da corrida prendia-se com a degradação térmica dos pneus, ou seja os pneus começarem a perder aderência ainda antes de ficarem “sem borracha” o que colocava um enorme ponto de interrogação nas estratégias. Teoricamente 3 paragens seria a melhor estratégias mas so no decorrer da corrida isso se confirmaria.

O inicio ainda deu esperanças de uma corrida diferente. Rosberg teve um arranque muito bom e Vettel deixou cair as rotações do RB9, ficando à mercê do Mercedes. Mas Rosberg foi guloso e travou demasiado tarde saindo ligeiramente de pista. Vettel de forma inteligente travou mais cedo e com uma melhor saída de curva recuperou o 1º lugar e partiu para uma cavalgada impressionante. Na primeira volta já eram 2 seg. de vantagem sobre Rosberg.

Alonso com uma partida fulminante chegava ao 3º lugar, Perez subia 4 posições assim como Di Resta, Hulkenberg subia 2 e Ricciardo caia para 14º.

Kimi Raikkonen atacou cedo e foi subindo posições mas isso custou lhe ir as boxes mais cedo que toda a gente. Seguiram se Webber e Alonso na troca de pneus.

Na 18ª volta assistíamos a uma luta muito interessante entre Maldonado, Hulkenberg e Perez. Já tínhamos saudades de ver Perez a tentar a sua sorte. Quando o faz a corrida ganha logo outra cor. A luta prolongou- se até a volta 20 em que Perez passou finalmente Hulkenberg, por ordem dos comissários de corrida. Perez apertou Nico para fora da pista mas o alemão continuou em frente do mexicano. É certo que Hulkenberg saiu de pista mas não nos parece justa a penalização ao piloto da Sauber.

Com a dança das Boxes DI Resta que saiu de 17º estava agora nos lugares da frente a atrapalhar o andamento de Alonso que já tinha trocado de pneus.

Na volta 25 deu-se o acontecimento que baralhou as contas. Ricciardo com uma péssima corrida, falhou a entrada numa curva e bateu contra as protecções da pista, o que obrigou a entrada do Safety Car e ao reagrupar dos carros. Só 5 voltas depois o Safety car saiu de pista mas nem assim Vettel esteve sob ameaça, pois voou logo para longe de Rosberg, que era seguido por Webber, Hamilton (ambos teriam de ir as boxes para troca de pneu
s) Alonso, Grosjean, Di Resta, Massa, Button e Raikkonen.

Na volta 34 Grosjean que tinha as portas abertas para o pódio teve um problema no motor que o obrigou a uma longa paragem regressando no ultimo lugar. Viria a desistir na volta 38.

Webber, Rosberg, Hamilton e Vettel por esta ordem foram as boxes entre a volta 41 e 44 o que deixava o top 10 com Vettel ( nem com a ida as boxes o alemão perdeu a 1ª posição) Alonso que ia gerindo os pneus, Button que sonhava com o pódio, Raikkonen, Perez, Hulkenberg, Gutierrez, Webber, Rosberg e Hamilton.

A McLaren apostava em 2 paragens, tentando assim o pódio, rezando para que os pneus de Button aguentassem. Webber, Rosberg e Hamilton guardavam o ataque final para as ultimas voltas.

Infelizmente os pneus do McLaren não aguentaram e Button viu se ultrapassado por Kimi que fazia uma corrida do outro mundo. A partir dai nem Button nem Perez tiveram pneus para se defenderem. Tentaram tudo por tudo mas foram ultrapassados por Webber, que seguia como um raio em busca do pódio, Rosberg e Hamilton que seguiram sempre juntos.

Na volta 55 Di Resta borra a pintura e tem uma saída de pista indo embater contra o muro e sendo obrigado a desistir. O britânico estava a ser um dos destaques da corrida e deitou tudo a perder.

Quem se começava a mostrar também era Massa, que andou escondido a corrida toda e apareceu no final para a ultima carga. Com os McLaren sem capacidade de se defenderem, Webber correu atrás de Raikkonen mas um problema no motor fez com que perdesse potencia. Foi obrigado a abrandar e foi ultrapassado com facilidade por Rosberg, Hamilton e Massa. O australiano viria a desistir na ultima volta com o motor em chamas. O azar não larga Webbo.
Final da corrida com vitória indiscutível para Vettel que passeou na Marina Bay, segundo lugar para Alonso com uma excelente corrida e uma estratégia perfeita por parte da Ferrari. 3º lugar para o herói da noite. Kimi Raikkonen continua a esgotar os adjectivos. Fenomenal! Fazer a corrida que fez com dores nas costas não é para qualquer um. A Ferrari bem pode sorrir pois tem em vista uma dupla esmagadora para o próximo ano.


Rosberg e Hamilton em 4º e 5º. A corrida não lhes correu bem e Rosberg fica com um amargo de boca pois podia ter subido ao pódio. Hamilton nunca mostrou andamento para chegar mais à frente. Massa em 6º fez render a estratégia e ganhou bons pontos. Button e Perez em 7º e 8º fizeram o que puderam mas não tiveram pneus para mais. Mereciam no mínimo o top5. Hulkenberg em 9º e com uma solida performance e Sutil em 10º a dar um ponto para a Force India.


Classificação final:

Pos  Driver               Team                          Time       
 1.  Sebastian Vettel     Red Bull-Renault      1h59m13.132s                
 2.  Fernando Alonso      Ferrari                   +32.627s                
 3.  Kimi Raikkonen       Lotus-Renault             +43.920s                
 4.  Nico Rosberg         Mercedes                  +51.155s                
 5.  Lewis Hamilton       Mercedes                  +53.159s                
 6.  Felipe Massa         Ferrari                 +1m03.877s                
 7.  Jenson Button        McLaren-Mercedes        +1m23.354s                
 8.  Sergio Perez         McLaren-Mercedes        +1m23.820s                
 9.  Nico Hulkenberg      Sauber-Ferrari         +1m24.2261s                
10.  Adrian Sutil         Force India-Mercedes    +1m24.668s                
11.  Pastor Maldonado     Williams-Renault        +1m28.479s                
12.  Esteban Gutierrez    Sauber-Ferrari          +1m37.894s                
13.  Valtteri Bottas      Williams-Renault        +1m45.161s                
14.  Jean-Eric Vergne     Toro Rosso-Ferrari       +1m53.512                
15.  Mark Webber          Red Bull-Renault            +1 lap                
16.  Giedo van der Garde  Caterham-Renault            +1 lap                
17.  Max Chilton          Marussia-Cosworth           +1 lap                
18.  Jules Bianchi        Marussia-Cosworth           +1 lap                
19.  Chales Pic           Caterham-Renault            +1 lap                
20.  Paul di Resta        Force India-Mercedes       +6 laps                          


World Championship standings, round 13:                

Drivers:                    Constructors:             
 1.  Vettel        247        1.  Red Bull-Renault          377
 2.  Alonso        187        2.  Ferrari                   274
 3.  Hamilton      151        3.  Mercedes                  267
 4.  Raikkonen     149        4.  Lotus-Renault             206
 5.  Webber        130        5.  McLaren-Mercedes           76
 6.  Rosberg       116        6.  Force India-Mercedes       62
 7.  Massa          87        7.  Toro Rosso-Ferrari         31
 8.  Grosjean       57        8.  Sauber-Ferrari             19
 9.  Button         54        9.  Williams-Renault            1
10.  Di Resta       36       
11.  Sutil          26       
12.  Perez          22       
13.  Hulkenberg     19       
14.  Ricciardo      18       
15.  Vergne         13       
16.  Maldonado       1       


Destaques da corrida durante a noite.

Fábio Mendes